Á noite o sol fazia refletir os seus raios na água calma do mar. O Tomás
dormiu a tarde toda... o Tom e o Bill decidiram alugar duas motas de água e
foram divertir-se, quando decidiram parar vieram para a nossa beira.
** Ponto de vista
do Tom **
-
Bill vamos
molha-las?
-
Era mesmo nisso que
estava a pensar!
Chegamos á beira delas e sacudimos os cabelos para cima delas, elas
ficaram fulas e vieram correr atrás de nós.
-
Tom já que já estou
molhada vou dar um mergulho. Fica com o Tomás. Queres vir Jenifer?
-
Claro. É mesmo o
que me está a apetecer fazer agora.
Elas foram para a água.
-
Mano! Olha-me só
para o corpo delas... – disse o Bill.
-
Tanto uma como
outra são umas gatas...
-
São gemias! – respondeu-me
-
A minha mesmo
grávida era uma brasa.
Tanto o corpo da Jenifer, como o da Bé brilhavam devido ao sol que
refletia na água.
O Bill estava de boca aberta a olhar para a Jennifer.
-
Bill eu não
precisava de saber o tamanho da tua artilharia. Vê lá se te controlas e baixas
o mastro.
-
Deves pensar que
isto é como o portão de casa que carregas no comando e ele abre e fecha.
Elas vieram para a nossa beira.
Oh god como aquele biquíni ficava bem á Bé, por momentos eu é que ia
ficar como o Bill, mas claro que me controlei. Eu não queria acreditar, eu
nunca estive tão desejoso de ter aquele corpo junto ao meu como agora.
Fomos para hotel.
O Tomás continuou a dormir e só acordou á hora de jantar. A Jenifer não
jantou. Logo que chegamos ao hotel ela foi direta para o quarto e , segundo o Bill,
tomou duche e deitou-se. Não sei o que se passa entre aqueles dois, mas penso
que não deve ser nada de especial.
O Bill tem sido um padrinho babado... está sempre a pegar no meu filho
lindo (como o pai, claro) e a brincar com ele.
Mas ao jantar ele não disse uma única palavra e o mais estranho é que
ouviu o Tomás a chorar e não fez como de costume, pegar logo nele ao colo.
-
O que é que se
passa Bill? – perguntei-lhe depois de ter pedido á Bé que fosse indo
para o quarto.
-
Nada!
-
Achas mesmo que me
enganas?
-
A sério Tom, não se
passa nada.
-
Sim, pois. Então
explica-me os factos de não teres ligado nenhuma ao teu afilhado e de a Jenifer
não ter vindo jantar.
-
A Jenifer estava
cansada e eu não peguei no tomas porque estás sempre a dizer para não o fazer.
-
Bill achas mesmo
que com essa treta me convences? E logo tu ligares ao que digo? Eu podia dizer
para não pegares no carro que ele estava armadilhado que tu não ligavas nenhuma
e metias-te nele.
-
Também não exageres
Tom, eu apenas estou mal disposto.
-
Pois, o Bill Kaulitz
que eu conheço nem com 40º de febre deixa de dizer asneiras e de se rir.
Passa-se alguma coisa ente ti e a Jenifer?
-
Que ideia parva é
essa Tom? Claro que não, nunca estivemos tão bem.
-
Tens a certeza Bill?
-
Sim Tom, não te
preocupes.
-
Ok! Vamos para cima
Bill?
-
Vai indo, eu ainda
vou até lá fora fumar um cigarro! Ou queres vir comigo?
-
Não Bill estou
exausto! Até amanha!
-
Até amanha Tom.
** Ponto de vista
do Bill **
Depois de o Tom ter ido para o quarto eu fui para o jardim do hotel.
Sentei-me na borda da piscina, mergulhei os meus pés dentro de água e acendi o
cigarro.
O meu corpo pesado deslizava cada vez mais de maneira a deitar-me,
ouvia-se o rebentar das ondas na praia. Os turistas mais noturnos vagueavam
pelos corredores do hotel. Sinto saudades dos concertos e de toda a agitação
das gravações.
“when you can’t breath
I will be there
zoom into me…”
Fui interrompido por um turista que reconheceu a minha voz (ou música,
não sei) e veio pedir-me um autógrafo. Perguntei-lhe o nome dele para escrever
no autógrafo, mas pela maneira esquisita como me respondeu, ele devia de ser
chinês... o que é certo é que eu não entendi nada do que ele disse e acabei por
escrever “ for my friend... Bill
Kaulitz”.
Os últimos riscos de fumo acabaram de pintar o escuro da noite.
Deitei a corisca fora e fui para o quarto. Encontrei a Jenifer a olhar
para o céu e de copo de safari na mão á janela.
-
Não consegues dormir
amor?
-
Acordei e decidi
ficar á tua espera.
-
Eu pensava que
estavas a dormir e fiquei a fumar á beira da piscina.
-
Não tem mal Bill, não
precisas de te justificar.
-
Endschuldigung!
-
Já disse que não
faz mal Bill!
-
Estás chateada
comigo Jenifer?
-
Não!
-
Estás fria!
-
Apenas estou com
sono.
Aproximei-me dela, senti o perfume suave e delicado dela, abracei-a,
senti o seu corpo a arrepiar-se.
“I scream into the night for you
don’t make it true
don’t jump
the lights will not guide you
through
they’re deciving you
don’t jump
don’t let memories go
of me and you
the world is down there
out of view
please don’t jump”
-
Boa noite Jeni! – sai da beira
dela e dirigi-me para a cama.
-
Bill espera!
Virei-me para ela.
A Jenifer aproximou-se de mim.
-
Desculpa Bill
-
De?
-
De ser uma estúpida
e falar daquela maneira para ti.
-
Eu desculpo-te se
me explicares o que se passa?
-
Eu não sei Bill, de
repente comecei a senti-me enervada e triste ao mesmo tempo. Eu não sei
explicar.
-
Vem cá minha deusa.
Beijei-lhe a testa, dei-lhe a mão e conduzi-a até á cama. Deitamo-nos.
Fui-lhe acariciando o rosto até que ela adormece-se.
De manha acordei com ela aos gritos.
-
O que foi Jenifer?
Aleijaste-te?
-
Bill fomos
assaltados!
-
Ah! – levantei-me de
relanço da cama. – o que disseste?
-
Fomos assaltados.
-
De noite?
-
Eu não dei por
nada. Talvez tenha sido enquanto estivemos na praia e eu só dei por ela agora.
-
O que é que
levaram?
-
Levaram-me o
dinheiro.
-
Quanto?
-
Mais ou menos 500
euros. E roupa também.
-
Jenifer tens a certeza
que te levam roupa.
-
Bill era roupa do
meu último desfi...
-
Não... O... vestido
que te dei...?
-
Não amor, esse eu
não trouxe.
-
Ahh! – suspirei de alívio.
-
Mas mesmo assim
Bill era roupa única de valor incalculável.
-
Vamos já tratar
disso. Vou á recepção e já venho.
Estava tão ensonado por ter sido acordado de repente que nem me apercebi
da maneira como saí do quarto.
Toda a gente estava a olhar para mim e a rir-se. Uma velhota quando me
viu desatou aos gritos e a correr pelo corredor fora.
A recepcionista, quando me aproximei dela corou e tentou não olhar para
mim.
-
O Sr... Kaulitz... – dizia a rapariga
aos soluços.
-
O que se passa? – perguntei eu á
rapariga que fazia um esforço para não se rir.
-
Sr. Kaulitz, você
está em “trajes” não apropriados para...
Não quis saber do que a recepcionista tinha para acabar de dizer. Olhei
para um espelho que existia por de trás dela e vi que estava APENAS EM BOXERS!
Fui o mais rápido possível para o quarto.
-
Podias ter-me
avisado Jenifer ferreira. Muito obrigado.
-
Bill eu disse para
te vestires, mas tu foste a correr e nem
me deste ouvidos. Alguém te viu? – perguntou-me a Jenifer.
-
NÃO, achas. Só
metade das pessoas do hotel incluindo a recepcionista e uma velhota que desatou
a correr em pânico.
A Jenifer não conteve mais e desatou a rir tanto que até as lágrimas lhe
vinham aos olhos.
-
Já chega Jenifer! – disse enquanto
apertava o último botão das calças.
-
Bill, liebe, tens
que concordar que tem piada. Só tu para fazeres essas figurinhas.
-
Pois, só espero que
ninguém se lembre de revelar isto á comunicação social.
-
Calma amor.
** Ponto de vista
da Jenifer **
A única coisa de que não gosto nesta história toda é o facto de outra
terem visto o meu Bill em roupa interior. Ele é mesmo totó. Fui ter com ele á
recepção.
Quando lá cheguei encontrei o Bill a falar ao telemóvel, o Tom e a Bé a
rirem-se e as restantes pessoas a fofocarem.
-
Vocês também já
sabem? – perguntei á Bé enquanto pegava no Tomás.
-
Só mesmo o meu irmão
para andar de bóxeres pelo hotel.
-
Coitado, ele estava
de tal maneira que nem reparou. – desculpei-o.
-
Se eu fosse uma
gaja e tivesse visto o Bill daquela maneira, não tinha fugido tinha era saltado
para cima dele.
-
Tom só dizes
disparates.
-
É verdade, um clone
meu é tão irresistível...
O Tomás não deixou o pai acabar de falar pois começou a chorar.
-
Mas afinal, o que se passou para o meu cunhado
sair daquela maneira do quarto? – perguntou-me a Bé, depois de acalmar o
Tomás.
-
Isso é pergunta que
se faça? É óbvio que o Bill saiu de boxers do quarto porque andou a fazer
asneiras com a tua irmã. Sabes como é...
-
Já estavas a falar
mal de mim? – resmungou o Bill enquanto se aproximava de nós. - Jenifer pega na mala e vamos, temos que ir
á polícia.
-
Mas... esperem,
oque se passa?
-
Desculpa Bé, mas
agora não tenho tempo! Anda Jenifer despacha-te.
-
Bill tem calma, sim!
Já de volta ao hotel, eram 20 horas.
Bem que ambiente que se fazia sentir na sala de espera. Haviam grupos de
pessoas, espalhados pela sala, a “cochicharem”.
-
Bé o que se passa aqui? – perguntei.
-
Ainda não viste o
senhor Tom?
-
Não Bé, mas porquê?
Mal tinha acabado de falar, reparei logo no Tom que entretanto se
aproximava com um saco de gelo na mão.
-
Tom! O que é que se
passou? Porque tens o olho negro e o lábio rebentado? – perguntou o Bill
muito aflito.
-
O que se passa é
que aqui o Tom é um ciumento e não pode ver um único homem á minha beira. – respondeu a Bé
num tom de voz muito alterado.
-
O que é que fizeste
desta vez tom? És sempre a mesma coisa. Nem pareces meu irmão.
-
Só estava defender
o que é meu.
-
Pois, estavas a
defender-me do meu primo.
-
Eu não sabia que
ele era teu primo.
-
Meninos acalmem-se
ok. Olhem o escanda-lo! Vamos para o quarto. Bill traz o Tom. – sugeri eu antes
que se gera-se uma nova discussão.
-
Tom porque bateste
no primo dela?
-
Bill eu não sabia
que era primo dela.
-
Isso não é motivo
para andares á pancada. – respondeu o Bill enquanto passava o cartão que abriria a porta do
quarto.
-
Diz-me o que fazias
se um homem desconhecido se aproxima-se da Jenifer, lhe tapasse os olhos, a abraçasse
e lhe desse um beijo (na cara)?
-
Não sei, mas talvez
não recorresse á violência.
-
Pois é muito fácil
falar, mas melhor que ninguém sabes que sou impulsivo!
-
impulsivo de mais.
Mas não te censuro mais. Afinal o que fizeste?
-
Cheguei á beira
dele e espetei-lhe um morro.
-
E a partir daqui
começas-te á pancada!
-
Mais ou menos, ele
deu-me logo um a seguir no olho e eu caí em cima da mesa da sala, o que me fez
rebentar o lábio quando caí foi o piercing.
-
Deve ter sido uma
boa queda.
-
Pois, digamos que
tive que pagar uma mesa nova.
-
Já chega desta
conversa. – disse a Bé já farta do tema. –
Tom vou dar banho ao Tomás e pô-lo a dormir. Queres vir Jenifer?
-
Bill importas-te?
-
Claro que não amor!
Que pergunta vai lá!
** Ponto de vista
da Bé **
-
Podes ver se a água
já está boa para dar banho a esta peste!
-
Sim, já está ótima!
Queres que lhe dê banho?
-
Já que te ofereces!
Assim tento arrumar umas roupas que o Tom deixou espalhadas.
-
Deixa lá o Bill é
igual, são bem gémeos.
A Jenifer teve tanto cuidado com o Tomás, parecia que estava a lavar uma
boneca de porcelana, o Tomás gostou tanto que nem fez birra como de costume.
-
Então Jenifer, qual
é a sensação?
-
Tenho tanto medo de
o magoar, parece tão frágil e tão pequenino.
-
Eu também me senti
assim nos primeiros dias, mas agora já estou habituada.
-
Queres que o vista?
-
Já te levo a
roupinha mana!
Ela tem tanto jeito para pegar no Tomás, até parecia filho dela. A
maneira como ela o limpava, tão cuidadosamente as gotas de água que ainda
existam no corpo dele. Até merecia uma fotografia. É mesmo isso que vou fazer.
-
Sorri madrinha
babada. Que fotografia linda! Ficas-te muito bem!
-
Deixa-me ver!
-
Bateram á porta.
Venho já!
Eram os manos Kaulitz.
-
Entrem meninos.
Bill vai ver foto linda que eu tirei á tua Jenifer com o Tomás.
-
Não tem nada de
especial amor.
-
Não digas dispares
amor. Está tão linda.
O Bill nem teve palavras, ficou boquiaberto quando viu a foto.
-
Bill estou muito
cansada, vou descansar, ok?
-
Sim Jeni vai lá! Eu
vou já lá ter.
-
Bem meninos até
amanha!
-
Até amanha Jenifer! – dissemos em
coro.
-
O teu Billizinho já
te vai fazer companhia! – gracejou o Tom.
Ficamos algum tempo calados depois de a minha irmã ter saído do quarto.
-
Bill! É verdade o
que se passou para vocês terem que ir á polícia? – perguntei-lhe eu
depois de me lembrar.
-
Ah isso, nós fomos
assaltados, mas não demos por ela de nada, só hoje de manha é que acordei com a
Jenifer aos gritos e foi por isso que fui de boxers até á recepção.
-
Isso explica a
maneira como tu estavas hoje de manha. – comentou o Tom.
-
Pois, eu nem dei
por ela da maneira como estava vestido, ou melhor despido.
-
E o que levaram? – perguntei.
-
Bem, levaram
dinheiro e algumas roupas “únicas” da Jenifer.
-
Ao menos não vos
fizeram mal.
-
Foi como eu disse,
nós não nos apercebemos. Só hoje de manha quando a Jenifer ia sair é que deu por
falta da roupa e do dinheiro.
-
Mas levaram roupa?
Não é estranho?
-
É Tom, mas a roupa
que levaram eram dos últimos desfiles da Jenifer.
-
Agora já faz
sentido.
-
Hoje foi um dia cheio
para todos. Bem meninos gosto muito de conversar, mas estou cansado, é que a
vida de mãe é complicada, principalmente quando se tem que tomar conta de duas
crianças. Vou tomar banho, podem continuar com a conversa. Até amanha.
-
Bem eu também estou
exausto. Parece que não , mas andar de boxers na rua também cansa.
Ri-me tanto com esta do Bill. Não estava nada á espera que o Bill se
saísse com aquela.
-
Bem meninos até
amanha!
-
Até amanha Bill, vê
lá se não vais arranjar um primo para o Tomás.
-
Es sempre o mesmo
Tom.
-
Já estou habituado
a essas asneiras dele Bé.
-
Já somos dois, até
amanha Bill.
** Ponto de vista
do Bill **
-
Jenifer ficas-te
mesmo muito linda naquela foto com o Tomás.
-
Oh amor, não ficou
nada de especial.
Á minha cabeça vieram imagens “imaginadas” de um suposto filho meu e da Jenifer.
-
Já imaginas-te como
seria termos um bebé nosso?
-
Bill porque vens
agora com essa conversa?
-
Ver-te com o Tomás
relembrou-me o meu desejo de ser pai.
-
Não vamos ter essa
conversa outra vez, pois não?
-
Jenifer, porque
não? Imagina o nosso bebé lindo como a mãe e com um jeito especial para a
música.
-
Sim era o bebé
perfeito, mas a minha carreira não me permite.
-
Tu é que não
permites! não é a tua carreira, és tu! Olha a minha, achas que também não seria
uma mudança drástica? – respondei-lhe começando a enervar-me.
-
Não vejo como, não
es tu que ficas com o corpo que é o instrumento de trabalho estragado.
-
Pois não, mas sou
eu que terei que abdicar das gravações ou ensaios para tomar conta da criança
enquanto tu te preparas para mais um grande desfile.
-
Estás a insinuar
que o meu trabalho não vale tanto quanto o teu? – perguntou-me com
as lágrimas a começarem a correr pelo rosto.
-
Eu não disse nada
disso.
-
Mas foi o que eu
entendi. Achas que não é esgotante passar a tarde inteira fechada numa sala,
muitas vezes sem comer nada, só para os preparativos de uma noite?
-
E tu achas que não
costa cantar horas seguidas até sair o tom certo ou a nota certa? Eu não estou
a desvalorizar o teu trabalho apenas mencionei um sacrifício que teria que
fazer se tivéssemos um filho e ficas a saber que o faria sem o menor dos
problemas.
-
Estou farta desta discussão! – acabou por me
dizer a Jenifer, lavada em lágrimas, com a voz trémula. Nunca a tinha visto
naquele estado.
-
O que é que eu fui
fazer? Porque perdi a cabeça desta
maneira? – Eu não queria discutir com ela só que fiquei bastante irritado
ao ponto de não me conseguir controlar e andar aos berros com a mulher que mais
amo no mundo.
-
Eu vou lá fora. Por
favor não venhas atrás de mim! – pediu-me a Jenifer saindo do quarto
apenas de calções, t-shirt e sandálias.
-
Tenho que fumar.
Sentei-me num cadeirão existente na varanda, acendi o cigarro e olhei
para o mar. Sentia-me péssimo, a Jenifer não merecia. Eu não sei o que me deu.
O meu desejo de ser pai subiu-me de tal forma á cabeça que perdi completamente
o controlo.
Só espero que a Jenifer não faça asneiras, respeitei-a em não a seguir,
só espero não me arrepender.
** Ponto de vista
da Jenifer **
Preciso de me acalmar. O Bill tinha logo de discutir comigo agora, logo
hoje que me sinto insegura e sensível. Preciso de falar com alguém, tenho de
desabafar o que sinto.
Fui até ao bar da recepção e pedi um copo de whisky com gelo.
-
O que se passa
menina? – perguntou-me o barman depois de me servir.
-
Agradeço a sua preocupação,
mas não tenho nada!
-
Menina Jenifer, se não
quiser falar eu entendo perfeitamente, agora não diga que não tem nada porque a
sua linda cara diz exatamente o contrário.
-
Pode-me servir
outro por favor?
-
Com certeza menina!
Já passaram duas horas desde que discuti com o Bill. Acho que já bebi um
pouco de mais. Vi o Bill a aproximar-se de mim. Levantei-me mas parecia que o
chão tremia e quase que caí.
-
Bill disse-te para
não me seguires. – disse enquanto colocava os braços em torno do pescoço
dele de modo a manter-me de pé e minimamente direita.
-
Jenifer como tu
estás... bebes-te de mais.
-
Eu apenas bebi um
copo de whisky que aquele amável senhor me serviu Bill!
-
Já nem me
reconheces Jenifer. Eu não sou o Bill.
-
Claro que és o Bill.
Sabes eu até nem gosto de whisky nem gosto de bebidas alcoólicas, mas tu
obrigaste-me a isto Bill.
-
Jenifer olha bem
para mim, olha para o meu cabelo.
-
Bill porque é que fizeste
rastas?
-
Jenifer sou eu, o
Tom. Como tu estás meu deus! Tenho que te levar para cima.
-
Eu posso ir
perfeitamente sozinha. – disse tentando afastar-me e digamos a “trocar os
pés” tropecei na escadaria e estampei-me no chão.
-
Nota-se que
consegues mesmo ir sozinha. Anda eu levo-te.
** Ponto de vista
do Tom **
Que bebedeira que a Jenifer apanhou...
-
Jenifer tens o
cartão do teu quarto?
-
Tenho... está aqui
no bolso... ups! – ela começou a rir-se como uma tola quando reparou que o
tinha deixado cair.
-
Deixa que eu
apanho, antes que te espalhes outra vez.
-
Eu era
perfeitamente capaz...
Fiz o sacrifício de não me rir, ela é tão engraçada quando está, bem,
desta maneira. Quando cair na cama só vai acordar amanha ao meio dia.
Arrastei literalmente a Jenifer até ao quarto o que vale é que não é
muito pesada.
Abri a porta do quarto. Encontrei o Bill na varanda a fumar com ar de
quem tinha estado a chorar. Havia três maços vazios, esmagados, no chão do
quarto.
-
Bill encontrei a Jenifer
desta maneira no bar.
-
Bill afinal não fizeste
rastas.
-
Ah! O que está ela
a dizer?
-
É uma longa
história, amanha conto-te. – respondi-lhe enquanto pousava a rapariga na cama.
-
Eu nem acredito, ela
nem gosta lá muito de beber...
-
Ela até me
confundiu contigo.
-
Adormeceu!
-
Agora mano só
acorda amanha.
-
Eu sei!
-
Deves ter feito
alguma das boas, mas não vou discutir agora contigo, vai mas é dormir, amanha
falamos.
-
Nós apenas
discutimos Tom.
-
Não deve ter sido
uma mera discussão.
-
Já a Jenifer muitas
vezes depois de discutir contigo e desta vez ela até se embebedou.
-
Tom é melhor
falarmos amanha. Estou muito cansado e cheio de dores de cabeça.
-
Poderá também aos
cigarros que fumas-te, mas não te censuro mais. Até amanha mano.
Vi a cara de triste com que o Bill ficou, ao vê-lo daquela maneira
lembrei-me de como me sentia quando a Bé estava no hospital.
** ponto de vista
do Bill **
Apesar de tudo, é preferível que a Jenifer apenas se tenha embebedado.
Esta não é a minha menina. Já era um pouco tarde e tenho que me deitar... doí-me
tanto a cabeça, acho que vou vomitar, fui a correr para a casa de banho, o meu
estômago estava descontrolado, senti-me tonto.
-
Tenho que me
sentar. – disse para comigo na tentativa de me manter consciente.
Precisei de um quarto de hora para conseguir recompor-me e voltar para a
cama. Antes de me deitar, cobri a Jenifer.
** Ponto de vista
do Tom **
-
Bé nem imaginas o
que aconteceu.
-
Tom fala baixo, o Tomás
adormeceu á pouco, tem andado com cólicas.
-
Desculpa, não
sabia.
-
Tudo bem!
Felizmente sai ao pai, é como uma pedra a dormir.
-
Que gracinha que a
menina tem.
-
Mas diz lá, o que é
que aconteceu?
-
Bem eu quando fui
lá baixo á recepção pedir para me darem a passe da net do hotel para comprar o
bilhete para o Tomás, encontrei a Jenifer completamente bêbada no bar.
-
Estás a gozar?
-
Não! Tive que a
levar para o quarto.
-
Estamos a falar da
mesma Jenifer?
-
Bé ela até me
confundiu com o Bill e perguntou-me porque é que eu tinha feito rastas.
A Bé riu-se, mas em volume baixo para não acordar o Tomás. Contei-lhe
que o Bill tinha discutido com ela, mas não sabia o porquê.
Aproximei-me dela.
-
O que é que queres?
Beijei-a e abracei-a fazendo deslizar as
minhas mãos pelas costas dela, parando naquele rabo que me deixo louco,
levantando-a e fazendo-a cruzar as pernas á volta da minha cintura.
-
Hum... afinal
sabias o que eu queria...
-
Já te conheço muito
bem Sr. Kaulitz.
-
Então se sabes o
que quero, não te importas que eu tire isto.
Tirei a minha t-shirt exibindo os meus músculos e de seguida tirei-lhe o
top que tinha vestido. Deitei-a em cima da cama curvando-me por cima dela de
maneira a beijar-lhe a barriga, subindo em direção ao pescoço e á boca.
-
Can i...
-
Sure!
Tirei-lhe o resto da roupa que lhe faltava e fiz deslizar as minhas mãos
por todo o corpo dela. Quis deixa-la bem desejosa antes de lhe deixar possuir o
meu corpo.
Apaguei todas as fontes de luz reinando assim a escuridão dentro do
quarto.
-
Assim não te vejo
Tom.
-
É mesmo essa a
ideia.
Despi a pouca roupa que ainda me faltava, deixando-a espalhada por todo
o quarto.
O “ tommy” pedia-me que entrasse de imediato em ação, mas quis faze-la
sofrer e esperar o que me fazia sofrer e esperar também.
Como estávamos às escuras ambos possuíamos a total liberdade de
proporcionar-mos prazer da forma que
quiséssemos sem constrangimentos.
Decidi introduzir um dedo no interior da Bé e fazer movimentos
circulares. De imediato senti que ela remexia-se . tive a certeza que lhe estava
a proporcionar prazer. Já não aguentava mais e tive que trocar o meu dedo pelo
“ tommy”.
Queria que a minha namorada sentisse que eu a amo e que não estávamos
simplesmente a fazer sexo. Deixei que o “ tommy” decidisse o ritmo que queria
levar a fazer as coisas, movimentos lentos, mas intensos.
A Bé apertou-me a mão, já sabia que vinha um orgasmo a caminho, beijei-a
para que os seus gemidos não se propagassem pelo quarto e acorda-se o “ the Tomás
ring”. Comecei a sentir o coração a acelerar , não me contive e sussurrei um
breve gemido que saiu dos meus lábios sem que o pudesse evitar.
Deitei-me ao lado dela. Afastei-lhe o cabelo e acariciei-lhe o rosto.
-
Assim vais
deixar-me mimada.
-
Não me importo,
também mereces Bé.
-
Es tão querido. É tão
bom ter-te ao meu lado. Eu amo-te!
-
Eu também meu amor.
Estendi o meu braço de modo a que ela se deita-se nele. Está proximidade
relembra-me e reacende o amor que sinto por ela. Só de pensar que começamos por
nos dar horrivelmente mal. É pena que já vamos embora amanha, este paraíso
fez-nos tão bem, o meu filho escolheu um lugar lindo para nascer.
-
Boa noite meu amor.
Descansa bem para amanha ter-mos uma boa viagem.
-
Sim Tom, eu sei!
Boa noite amor.
Beijei-lhe a testa e fiz por adormecer.
** Ponto de vista da
Bé **
Tive uma noite de sonho, foi a primeira vez que fizemos sexo desde que o
Tomás nasceu. O Tom foi tão romântico, foi tão diferente das outras vezes, nem
tenho palavras para descrever o que senti.
Está na hora de voltarmos para Portugal. Temos o voo marcado para as
16:30h e por sorte conseguimos marcar o lugar do Tomás no mesmo voo que nós.
Não queria acordar o tom, mas tinha que o fazer pois temos muitas coisas
a tratar e o Tomás daqui a pouco também acorda para mamar.
-
Acorda meu
dorminhoco. – sussurrei-lhe ao ouvido.
-
Bom dia Bé.
-
Vá Tom temos muito
que fazer. Vamos aproveitar que o Tomás ainda está a dormir.
Mas mal acabei de falar, o Tomás começou a chorar.
-
Tom porque não vais
tomar banho enquanto dou de mamar ao Tomás?
-
Estava á espera que
viesses tomar banho comigo!
-
Oh Tom não posso.
Se o Tomás não tivesse acordado era uma honra, mas agora não posso.
O Tom saiu da cama a correr com uma cara tão estranha. Até parece que
tem ciúmes da atenção que eu dou ao Tomás. Eu não tenho culpa, ele tem que
perceber que o filho é dos dois e temos que abdicar de muitas coisas. Amamentei
o Tomás e voltei a adormece-lo. Comecei a preparar a minha mala depois de
reunir todas as nossas coisas.
Quando estava a organizar as roupas do meu filho alguém bateu á porta.
-
Entre, a porta está
aberta.
-
Bé eu não encontro
o Bill em lado nenhum, por acaso não o viste?
-
Não Jenifer, eu
hoje ainda não sei do quarto.
-
Estou a ficar preocupada.
-
Vais ver que não
passa de um susto. E tu como estás?
-
Porque perguntas?
Doí-me imenso a cabeça, mas nunca pensei que se notasse assim tanto.
-
Não Jenifer, por
acaso até nem se nota nada, mas da maneira como estavas ontem deduzi que hoje não
estivesse muito bem.
-
Mas o que é que
aconteceu ontem? Eu não me lembro de nada, apenas de discutir com o Bill.
-
Pois ao que parece
depois dessa discussão foste para o bar e apanhaste uma bonita.
-
Estás a gozar,
certo?
-
Não Jenifer,
infelizmente não estou a gozar. Foi o Tom que te encontrou e que te levou para
o quarto e mal caíste na cama adormeces-te logo.
-
Eu nem acredito que
vergonha.
-
Mas o melhor de
tudo é que quando o tom te encontrou e foi ter contigo tu confundiste-o com o
Bill e perguntaste-lhe porque é que ele tinha feito rastas.
-
Eu tenho que
encontrar o Bill.
-
Ele vai aparecer não
te preocupes. Já viste na recepção?
-
Sim já procurei em
todo o lado menos... eu já venho.
A Jenifer saiu do meu quarto a correr.
** Ponto de vista
da Jenifer **
Eu nem acredito que fiz aquelas figurinhas tristes ontem. Fui ao jardim
do hotel, não sei como é que me esqueci deste lugar.
-
Bill! – Corri para os
braços dele e beijei-o como se não houvesse amanha. – Oh Bill pensei que te tinhas ido embora sem mim!
-
Achas mesmo que eu
ia sem ti Jeni?
-
Tive tanto medo Bill,
de te perder de novo. Desculpa a minha bebedeira de ontem, eu não sei onde
tinha a cabeça. Bem sabes que até nem gosto de beber demasiado, só que...
O Bill calou com um beijo.
-
Calma amor, eu é
que tenho que te pedir desculpa. Fui um bruto contigo ontem, não tinha o
direito de falar daquela maneira contigo. Temos tempo para tomar aquela
decisão.
-
Bill eu não sei,
parece que tenho medo.
-
Eu estarei sempre
contigo Jenifer. Eu nunca mais te deixei fugir dos meus braços, prometo.
Abracei-o. Senti-me tão bem naqueles braços que me aconchegaram e onde
estava segura.
-
Vem comigo amor. – disse-me o Bill.
-
Bill temos que ir
fazer as malas. Já não temos muito tempo.
Eu e o Bill fomos para a praia.
-
Que estamos aqui a
fazer? – questionei.
-
Encontrei este
lugar hoje de manhã.
Era um lugar muito bonito, estávamos sobre um areal extenso de areia
fina com varias rochas “gigantes” que separavam o azul profundo manchado de
verde por algumas algas. A praia estava deserta, o céu azul deixava-se refletir
no mar, quase como um espelho.
O Bill levou-me até uma gruta onde o mar se confundia com um lago, no
meio da gruta existia uma porção de areia onde o mar não chegava, uma espécie
de ilha escondida pela parede escura que a rodeava.
-
Que estamos aqui a
fazer Bill?
-
Não íamos embora
sem um momento de romance só nosso.
Nisto o Bill pegou na minha mãe e beijou-a. Sentamo-nos na “ilha” e o Bill,
que estava atrás de mim abraçou-me, deitei a minha cabeça no ombro dele e
fechei os olhos.
O Bill começou a cantar excertos de músicas como a “ zoom into me” e a “
1000 oceans”, o momento estava perfeito.
** Ponto de vista
do Bill **
“ É agora!” pensava
eu. Está o ambiente perfeito!
“ Não Bill é melhor
esperar”.
Raios não consigo ganhar coragem.
“ Vai mesmo ser
agora”.
-
Jenifer!
-
Sim Bill. Passa-se
alguma coisa? – Questionou-me ela, pois “acordei-a” daquele sonho.
Coloquei-me á frente dela. Para não
deixa-la assustada beijei-lhe a testa macia coberta pelas lindas repas. Senti
que ela já estava a perceber, ou melhor dizendo, a antever o que ia acontecer.
-
Jenifer pensei
nisto a noite toda... nem sabes o quão importante és para mim.
-
Bill o que vais
fazer?
Continuei o que estava a dizer sem lhe responder.
-
Eu amo-te muito Jenifer
e não tenciono deixar-te nunca mais. A minha felicidade depende dos momentos em
que estou ao pé de ti. A minha vida já não faz sentido sem ti. És a minha única
razão que justifique a minha existência.
Vi os olhos dela encherem-se de lágrimas que ela tentava conter a todo o
custo. Acabou por deixar escorregar uma, então calei-me por alguns segundos,
acariciei-lhe a sua linda face e prossegui.
“ Jenifer aceitas
ser minha esposa para sempre?”
A frase não me saia da cabeça, mas no entanto a minha boca recusava-se a
dize-la. Tentei uma última vez, mas os meus lábios apenas se mexeram quando
tocaram nos dela.
-
Bill foi muito
bonito o que me disseste.
“ E tu nem sabes o
que eu queria dizer, mas faltou-me coragem”. “ És mesmo cobarde Bill Kaulitz” pensava eu.
Duas horas mais tarde corríamos todos para a última chamada para o
avião, o Tom levava o Tomás ao colo e desculpava-se perante a segurança da
companhia que o bebé tivera um ataque de cólicas daí o nosso atraso. Felizmente
conseguimos embarcar e já estávamos rumo a casa.
** Ponto de vista
do Tom **
Vamos aproveitar que já voltamos das Caraíbas e que o Tomás já nasceu,
para fazer-mos um jantar em nossa casa.
-
Bé! Onde estás?
-
Estou no quarto do Tomás. – respondeu-me.
Subi as escadas e fui até ao quarto do nosso filho.
-
Liebe e se
marcasse-mos para amanha á noite um jantar com o Gustav e com o Georg! Afinal
eles ainda não conhecem o Tomás.
-
Tom diz-me a
verdade! Tu queres é dizer e ver a cara do Georg quando souber que perdeu a
aposta, não é?
-
É...
-
Pois eu bem me
parecia que esse entusiasmo todo não era por causa deles conhecerem o Tomás. Já
te conheço bem demais.
-
Pois tens razão...
olha então eu vou ligar-lhes.
-
Liga também para o teu
irmão e para a minha irmã!
-
Está bem liebe.
No dia seguinte.
-
Tom estão a tocar á
campainha! Vai lá ver quem é que eu estou a acabar de dar banho ao Tomás. – pediu-me a Bé.
-
Está bem! – disse-lhe
passando por ela e dando-lhe um beijo.
Fui abrir a porta, era o Bill e a Jenifer.
-
Hallo Tom! – cumprimentou-me
a Jenifer e o Bill.
-
Hallo entrem. Estejam
á vontade!
-
Tom onde está a
minha irmã? – perguntou-me a Jenifer.
-
Está lá em cima!
Estava a acabar de dar banho ao Tomás.
-
Eu vou lá ter com ela.
Enquanto a Jenifer foi ter com a Bé, eu e o Bill ficamos na sala,
aquelas duas quando se juntam nunca mais se despacham.
Voltaram a tocar á campainha, desta vez era o Georg e o Gustav.
-
Hallo Georg! Hallo Gustav!
Entrem!
-
Então Georg, estás
pronto para saber se ganhas-te ou perdes-te a aposto? – perguntou o Bill.
Eu comecei a rir-me bastante, pois já sabia a resposta.
-
É claro que estou
pronto! Eu vou ganhar! – respondeu-lhe o Georg. – Não sei porque te ris tanto Tom.
-
Por nada!
Já nesta altura até o Bill se ria, o Gustav e o Georg eram os únicos que
não sabiam que era um rapaz.
-
Bé came here! Brings the baby! – gritei da sala.
-
Já vamos.
A Bé desceu as escadas acompanhada pela Jenifer e pelo nosso filho.
-
Georg anda cá! – pediu a Bé.
-
Diz Bé! – respondeu-lhe o Georg.
-
Apresento-te o Tomás!
Parece que perdes-te a aposta! – brincou a Bé.
-
Georgzinho sexta-feira
é dia de ires ao bar e engatares uma rapariga! – gozei eu com
ele.
-
Está bem! Vai gozar
com outro!
-
Georg, meu amigo
apostas são apostas e tu perdes-te! – brincou o Bill.
Durante todo o jantar fiz questão de lembrar o Georg que ele tinha
perdido a aposta. Só espero que o Tomás esta noite nos dê folga, até porque
tenho uns planos interessantes para por em prática, mas não vos digo o que é.
Nos últimos dias pouco temos dormido, o Tomás só quer mamar, e quando
estamos quase a adormecer ele tem sempre o dom de nos acordar, para não falar
quando ele interrompe coisas importantes e tanto eu como a Bé ficamos a ver
navios.
** Ponto de vista
do Georg **
Não acredito que hoje é sexta-feira e daqui a uma hora tenho que ir para
aquele estúpido bar para cumprir a minha aposta.
Fui para o bar, quando entrei não conseguia acreditar no que estava a
ver, cheguei mesmo a pensar que estava a alucinar, mas não, o que estava a ver
era mesmo real. Desde que o Bill acabou com a Mary nunca mais se soube nada
dela até hoje. A Mary estava a trabalhar como stripper naquele bar.
Eu tenho que filmar isto, senão eles nunca vão acreditar em mim, pensava
para mim próprio.
No dia seguinte fui até casa do Tom, mas pedi para que a Jenifer e o Bill
também fossem.
Entramos todos em casa do Tom.
-
Estejam á vontade! – disse o Tom.
-
Tenho uma coisa
importante para vos mostrar
-
Georg não quero ver
cenas obscenas! – gozou o Tom.
-
Tom cala-te isto é
importante! Bé tu que conheces-te a Mary melhor que toda a gente aqui, qual era
a profissão dela?
-
Ela sempre me disse
que trabalhava num call-center, por isso, é que era raro ela estar em casa á
noite, isto é, antes de irmos de férias para as maldivas, porque depois ela
disse-me que foi despedida! Mas porquê tanto interesse nela? – perguntei.
-
Por isto! – disse-lhes
mostrando um dvd.
-
E o que tem o dvd a
ver com isso? – questionou o Tom
-
Coloca-o no
dvd e já vês! – respondi-lhe.
Estavam todos parvos a olhar para a tv.
-
Eu não acredito... – começou a Bé.
-
Quer dizer que ela
fez-se de santinha comigo, e afinal já tinha ido para a cama com montes de homens! – disse o Bill.
-
Mas tu também não
podes falar muito Bill.
-
Do que é que estás
a falar Tom? – perguntou-lhe a Bé.
-
Tinhas que abrir
essa boca. – sussurrou o Bill ao ouvido do Tom.
-
Agora vamos ter que
contar. – continuou a Jenifer.
-
Tu também sabes Jenifer? – perguntou a Bé á
Jenifer num tom de vós mais elevado. – O
que se passou? Vá contem.
-
Bem já que fui eu
que dei com a língua nos dentes é justo que seja eu a contar.
-
Ainda demoras
muito?
-
Bem Bé, lembras-te
naquela noite em que regressamos do cinema e havia roupa do Bill e da Mary no
chão? – começou o Tom.
-
Como é que não
havia de me lembrar daquela noite horrível.
-
Aquela roupa não
era da Mary, era minha! – continuou a Jenifer.
-
Vocês já estavam
juntos desde aí? – perguntou o Gustav.
-
Pois, nós já
estamos juntos desde que a Jenifer nos convidou para a partida de ténis.
-
Eu não posso
acreditar! E tu não me contas-te nada porquê?
-
Eu não te podia
contar Bé, tu era amiga da Mary, eu não podia correr o risco de lhe contares.
-
Eu percebo. Tom
diz-me uma coisa, tu levaste-me o pequeno-almoço á cama no dia seguinte só para
a Jenifer poder sair sem eu a ver?
-
Amor já tinha a
ideia de te levar o pequeno-almoço antes de adormecer. Mas sim, juntamos o útil
ao agradável.
-
Já agora, como é
que tu soubeste?
-
Eu liguei-lhe de
manha cedo a pedir-lhe para que tu não saísses da cama. – disse o Bill.
-
Ok, toda a gente
sabia menos eu?
-
Bé desculpa! – disse a Jenifer
quase a chorar.
-
Tudo bem, eu
entendo! – desculpou a Bé á Jenifer.
-
Ainda bem que nos
afastamos dela! – disse o Tom. – Pessoal
vamos esquecer este assunto! Georg queres almoçar cá?
-
Sim, pode ser!
-
Tommy vou ligar ao
Gustav a ver se ele também quer vir. – disse a Bé. – Toma conta do Tomás!
-
Esta bem vai lá! Não
te preocupes com o tomas o padrinho babado está a brincar com ele.
O Gustav aceitou o convite da Bé e vamos almoçar todos juntos.
(...)
** Ponto de vista
da Bé **
Hoje faz um ano que a Jenifer começou a namorar com o Bill. Eu e o Tom
estamos a organizar um jantar surpresa para eles.
-
Liebe! – Chamou-me o Tom.
– Anda aqui á sala, please!
Desci as escadas e fui até á sala ter com ele.
-
Diz Tommy
-
O Tomás está a
dormir? – questionou-me ele com um sorriso de orelha a orelha.
-
Sim está! E tão
cedo não acorda.
-
Ainda bem! Anda
comigo! – disse-me ele, levantando-se do sofá e dando-me a mão conduzindo-nos
em direção ao nosso quarto.
Entramos no quarto e ele fechou a porta!
-
Tom então e o
jantar do teu irmão e da minha irmã?
-
Já está tudo
adiantado! Vamos aproveitar que o Tomás está a dormir! – dizia-me
enquanto me beijava o pescoço e me dava mordidelas na orelha.
Os beijos eram cada vez mais intensos, ele sorriu-me e desceu as suas
mãos até às minhas coxas impulsionando-as para cima, fazendo com que eu
envolve-se as minhas pernas na sua cintura. Nessa posição levou-me até á cama
onde me deitou.
Sem perder mais tempo puxei-lhe as múltiplas camisolas, tirando-as.
Puxei-o fazendo com que este ficasse deitado em cima de mim e fiz com que
“invertesse-mos” as posições, ficando eu por cima, coloquei uma perna de cada
lado do corpo dele. Olhei-o durante uns segundos enquanto deixava que as minhas
mãos explorassem os abdominais bem definidos dele. Sorri-lhe e debrucei-me
sobre ele voltando a beijá-lo, desci mais um pouco até ao pescoço dele e depois
o peito, para provocá-lo mordi-lhe o mamilo. Depois empurrei-o fazendo com que
se deitasse novamente, beijei-lhe novamente o peito enquanto deslizada os dedos
pela sua pele macia seguindo as “linhas” dos seus abdominais, até ao cinto das
calças, desapertando-o.
Sem perder mais tempo, ele fez com que fica-se por cima de mim
desapertando-me os calções e tirando-os e d seguida a roupa que ainda restava
no nosso corpo.
-
Tom... por favor...
–
pedi-lhe.
Ele riu-se perante o meu “ desespero”, e não tardou em dar-me aquilo que
eu desejava e ele também. Ele
encaixou-se no meio das minhas pernas penetrando-me. Eu envolvi a cintura
dele com as minhas pernas e “cravei-lhe” as unhas nas costas, deixando lá
algumas marcas.
A gentileza inicial transformaram-se em rebeldia, tornando os movimentos
mais rápidos. Puxei-o mais para mim e beijei-o, fazendo-o rebolar e deixando-me
ir junto com o corpo dele, acabando por ficar por cima. Pouco depois, chegou o tão
esperado orgasmo em sintonia. Os nossos corpos, como por magia, pareciam que
estavam a entrar em “erupção”. Deixei que o meu corpo caísse sobre o corpo
daquele “deus alemão”. Rebolando depois para o lado, ficando deitada junto dele
a tentar controlar a respiração.
-
Tom tu deixas-me
cansada! – disse-lhe por entre gargalhadas.
-
O objetivo era
mesmo esse!
-
Mas lembra-te que
tens que agradecer ao Tomás por não ter acordado mais cedo!
-
Até lhe dou uma
prenda, se ele fizer isso mais vezes!
-
Es mesmo tarado!
-
Mas tu gostas!
-
Quem te disse isso
enganou-te e bem!
-
Pois, pois se eu não
te conhece-se até acreditava nisso! – respondeu-me ele a gabar-se. – É verdade o Bill e a Jenifer estão em casa?
-
Não! O Bill foi com
ela ao médico!
-
Mas o que é que ela
tinha?
-
Parece que nos
últimos dias tinha andado um bocado enjoada e com tonturas.
-
Hum... eu já vi
esse filme á alguns meses atrás!
-
Achas mesmo?
-
Não sei,
provavelmente! Vamos almoçar? Estou com fome.
-
Sim liebe vamos!
Fomos almoçar. A Jenifer ligou-nos, mas disse-nos que aquilo tinha sido
alguma coisa que ela comeu e não lhe tinha caído muito bem, mas aquilo
“cheirou-me” a desculpa, bem ainda não é desta que ficamos a saber o que a Jenifer
realmente tem.
** CONCLUSÃO
**
Quem diria que eu (Bé)
me iria apaixonar por um mulherengo. Sempre detestei rapazes mulherengos, mas
desta vez parece que a vida me pregou uma partida. Agora estamos super felizes
na nossa casa, com o nosso filho. Eu para além de me ter apaixonado e ter tido
um filho, ainda descobri que tenho uma irmã gémea, que não fazíamos ideia da
existência uma da outra.
Quanto ao Bill,
acho que o facto de a Mary ter aparecido na vida dele só serviu para ele
perceber que nunca tinha deixado de gostar da Jenifer e que os ciúmes não levam
a lado nenhum.
Agora estamos todos
mais felizes que nunca, a banda do Tom, do Bill, do Georg e do Gustav ( os
Tokio Hotel) estão a ter um enorme sucesso.
THE
PERFECT LIFE!
* * * * * FIM * *
* * *