segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Umas Férias nas Maldivas

Capitulo 43

Á noite o sol fazia refletir os seus raios na água calma do mar. O Tomás dormiu a tarde toda... o Tom e o Bill decidiram alugar duas motas de água e foram divertir-se, quando decidiram parar vieram para a nossa beira.
** Ponto de vista do Tom **
-        Bill vamos molha-las?
-        Era mesmo nisso que estava a pensar!
Chegamos á beira delas e sacudimos os cabelos para cima delas, elas ficaram fulas e vieram correr atrás de nós.
-        Tom já que já estou molhada vou dar um mergulho. Fica com o Tomás. Queres vir Jenifer?
-        Claro. É mesmo o que me está a apetecer fazer agora.
Elas foram para a água.
-        Mano! Olha-me só para o corpo delas... – disse o Bill.
-        Tanto uma como outra são umas gatas...
-        São gemias! – respondeu-me
-        A minha mesmo grávida era uma brasa.
Tanto o corpo da Jenifer, como o da Bé brilhavam devido ao sol que refletia na água.
O Bill estava de boca aberta a olhar para a Jennifer.
-        Bill eu não precisava de saber o tamanho da tua artilharia. Vê lá se te controlas e baixas o mastro.
-        Deves pensar que isto é como o portão de casa que carregas no comando e ele abre e fecha.
Elas vieram para a nossa beira.
Oh god como aquele biquíni ficava bem á Bé, por momentos eu é que ia ficar como o Bill, mas claro que me controlei. Eu não queria acreditar, eu nunca estive tão desejoso de ter aquele corpo junto ao meu como agora.
Fomos para  hotel.
O Tomás continuou a dormir e só acordou á hora de jantar. A Jenifer não jantou. Logo que chegamos ao hotel ela foi direta para o quarto e , segundo o Bill, tomou duche e deitou-se. Não sei o que se passa entre aqueles dois, mas penso que não deve ser nada de especial.
O Bill tem sido um padrinho babado... está sempre a pegar no meu filho lindo (como o pai, claro) e a brincar com ele.
Mas ao jantar ele não disse uma única palavra e o mais estranho é que ouviu o Tomás a chorar e não fez como de costume, pegar logo nele ao colo.
-        O que é que se passa Bill? – perguntei-lhe depois de ter pedido á Bé que fosse indo para o quarto.
-        Nada!
-        Achas mesmo que me enganas?
-        A sério Tom, não se passa nada.
-        Sim, pois. Então explica-me os factos de não teres ligado nenhuma ao teu afilhado e de a Jenifer não ter vindo jantar.
-        A Jenifer estava cansada e eu não peguei no tomas porque estás sempre a dizer para não o fazer.
-        Bill achas mesmo que com essa treta me convences? E logo tu ligares ao que digo? Eu podia dizer para não pegares no carro que ele estava armadilhado que tu não ligavas nenhuma e metias-te nele.
-        Também não exageres Tom, eu apenas estou mal disposto.
-        Pois, o Bill Kaulitz que eu conheço nem com 40º de febre deixa de dizer asneiras e de se rir. Passa-se alguma coisa ente ti e a Jenifer?
-        Que ideia parva é essa Tom? Claro que não, nunca estivemos tão bem.
-        Tens a certeza Bill?
-        Sim Tom, não te preocupes.
-        Ok! Vamos para cima Bill?
-        Vai indo, eu ainda vou até lá fora fumar um cigarro! Ou queres vir comigo?
-        Não Bill estou exausto! Até amanha!
-        Até amanha Tom.
** Ponto de vista do Bill **
Depois de o Tom ter ido para o quarto eu fui para o jardim do hotel. Sentei-me na borda da piscina, mergulhei os meus pés dentro de água e acendi o cigarro.
O meu corpo pesado deslizava cada vez mais de maneira a deitar-me, ouvia-se o rebentar das ondas na praia. Os turistas mais noturnos vagueavam pelos corredores do hotel. Sinto saudades dos concertos e de toda a agitação das gravações.

“when you can’t breath
I will be there
zoom into me

Fui interrompido por um turista que reconheceu a minha voz (ou música, não sei) e veio pedir-me um autógrafo. Perguntei-lhe o nome dele para escrever no autógrafo, mas pela maneira esquisita como me respondeu, ele devia de ser chinês... o que é certo é que eu não entendi nada do que ele disse e acabei por escrever “ for my friend... Bill Kaulitz”.
Os últimos riscos de fumo acabaram de pintar o escuro da noite.
Deitei a corisca fora e fui para o quarto. Encontrei a Jenifer a olhar para o céu e de copo de safari na mão á janela.
-        Não consegues dormir amor?
-        Acordei e decidi ficar á tua espera.
-        Eu pensava que estavas a dormir e fiquei a fumar á beira da piscina.
-        Não tem mal Bill, não precisas de te justificar.
-        Endschuldigung!
-        Já disse que não faz mal Bill!
-        Estás chateada comigo Jenifer?
-        Não!
-        Estás fria!
-        Apenas estou com sono.
Aproximei-me dela, senti o perfume suave e delicado dela, abracei-a, senti o seu corpo a arrepiar-se.

“I scream into the night for you
don’t make it true
don’t jump
the lights will not guide you through
they’re deciving you
don’t jump
don’t let memories go
of me and you
the world is down there
out of view
please don’t jump”

-        Boa noite Jeni! – sai da beira dela e dirigi-me para a cama.
-        Bill espera!
Virei-me para ela.
A Jenifer aproximou-se de mim.
-        Desculpa Bill
-        De?
-        De ser uma estúpida e falar daquela maneira para ti.
-        Eu desculpo-te se me explicares o que se passa?
-        Eu não sei Bill, de repente comecei a senti-me enervada e triste ao mesmo tempo. Eu não sei explicar.
-        Vem cá minha deusa.
Beijei-lhe a testa, dei-lhe a mão e conduzi-a até á cama. Deitamo-nos. Fui-lhe acariciando o rosto até que ela adormece-se.
De manha acordei com ela aos gritos.
-        O que foi Jenifer? Aleijaste-te?
-        Bill fomos assaltados!
-        Ah! – levantei-me de relanço da cama. – o que disseste?
-        Fomos assaltados.
-        De noite?
-        Eu não dei por nada. Talvez tenha sido enquanto estivemos na praia  e eu só dei por ela agora.
-        O que é que levaram?
-        Levaram-me o dinheiro.
-        Quanto?
-        Mais ou menos 500 euros. E roupa também.
-        Jenifer tens a certeza que te levam roupa.
-        Bill era roupa do meu último desfi...
-        Não... O... vestido que te dei...?
-        Não amor, esse eu não trouxe.
-        Ahh! – suspirei de alívio.
-        Mas mesmo assim Bill era roupa única de valor incalculável.
-        Vamos já tratar disso. Vou á recepção e já venho.
Estava tão ensonado por ter sido acordado de repente que nem me apercebi da maneira como saí do quarto.
Toda a gente estava a olhar para mim e a rir-se. Uma velhota quando me viu desatou aos gritos e a correr pelo corredor fora.
A recepcionista, quando me aproximei dela corou e tentou não olhar para mim.
-        O Sr... Kaulitz... – dizia a rapariga aos soluços.
-        O que se passa? – perguntei eu á rapariga que fazia um esforço para não se rir.
-        Sr. Kaulitz, você está em “trajes” não apropriados para...
Não quis saber do que a recepcionista tinha para acabar de dizer. Olhei para um espelho que existia por de trás dela e vi que estava APENAS EM BOXERS!
Fui o mais rápido possível para o quarto.
-        Podias ter-me avisado Jenifer ferreira. Muito obrigado.
-        Bill eu disse para te vestires,  mas tu foste a correr e nem me deste ouvidos. Alguém te viu? – perguntou-me a Jenifer.
-        NÃO, achas. Só metade das pessoas do hotel incluindo a recepcionista e uma velhota que desatou a correr em pânico.
A Jenifer não conteve mais e desatou a rir tanto que até as lágrimas lhe vinham aos olhos.
-        Já chega Jenifer! – disse enquanto apertava o último botão das calças.
-        Bill, liebe, tens que concordar que tem piada. Só tu para fazeres essas figurinhas.
-        Pois, só espero que ninguém se lembre de revelar isto á comunicação social.
-        Calma amor.
** Ponto de vista da Jenifer **
A única coisa de que não gosto nesta história toda é o facto de outra terem visto o meu Bill em roupa interior. Ele é mesmo totó. Fui ter com ele á recepção.
Quando lá cheguei encontrei o Bill a falar ao telemóvel, o Tom e a Bé a rirem-se e as restantes pessoas a fofocarem.
-        Vocês também já sabem? – perguntei á Bé enquanto pegava no Tomás.
-        Só mesmo o meu irmão para andar de bóxeres pelo hotel.
-        Coitado, ele estava de tal maneira que nem reparou. – desculpei-o.
-        Se eu fosse uma gaja e tivesse visto o Bill daquela maneira, não tinha fugido tinha era saltado para cima dele.
-        Tom só dizes disparates.
-        É verdade, um clone meu é tão irresistível...
O Tomás não deixou o pai acabar de falar pois começou a chorar.
-         Mas afinal, o que se passou para o meu cunhado sair daquela maneira do quarto? – perguntou-me a Bé, depois de acalmar o Tomás.
-        Isso é pergunta que se faça? É óbvio que o Bill saiu de boxers do quarto porque andou a fazer asneiras com a tua irmã. Sabes como é...
-        Já estavas a falar mal de mim? – resmungou o Bill enquanto se aproximava de nós. - Jenifer pega na mala e vamos, temos que ir á polícia.
-        Mas... esperem, oque se passa?
-        Desculpa Bé, mas agora não tenho tempo! Anda Jenifer despacha-te.
-        Bill tem calma, sim!
Já de volta ao hotel, eram 20 horas.
Bem que ambiente que se fazia sentir na sala de espera. Haviam grupos de pessoas, espalhados pela sala, a “cochicharem”.
-          o que se passa aqui? – perguntei.
-        Ainda não viste o senhor Tom?
-        Não Bé, mas porquê?
Mal tinha acabado de falar, reparei logo no Tom que entretanto se aproximava com um saco de gelo na mão.
-        Tom! O que é que se passou? Porque tens o olho negro e o lábio rebentado? – perguntou o Bill muito aflito.
-        O que se passa é que aqui o Tom é um ciumento e não pode ver um único homem á minha beira. – respondeu a Bé num tom de voz muito alterado.
-        O que é que fizeste desta vez tom? És sempre a mesma coisa. Nem pareces meu irmão.
-        Só estava defender o que é meu.
-        Pois, estavas a defender-me do meu primo.
-        Eu não sabia que ele era teu primo.
-        Meninos acalmem-se ok. Olhem o escanda-lo! Vamos para o quarto. Bill traz o Tom. – sugeri eu antes que se gera-se uma nova discussão.
-        Tom porque bateste no primo dela?
-        Bill eu não sabia que era primo dela.
-        Isso não é motivo para andares á pancada. – respondeu o Bill enquanto  passava o cartão que abriria a porta do quarto.
-        Diz-me o que fazias se um homem desconhecido se aproxima-se da Jenifer, lhe tapasse os olhos, a abraçasse e lhe desse um beijo (na cara)?
-        Não sei, mas talvez não recorresse  á violência.
-        Pois é muito fácil falar, mas melhor que ninguém sabes que sou impulsivo!
-        impulsivo de mais. Mas não te censuro mais. Afinal o que fizeste?
-        Cheguei á beira dele e espetei-lhe um morro.
-        E a partir daqui começas-te á pancada!
-        Mais ou menos, ele deu-me logo um a seguir no olho e eu caí em cima da mesa da sala, o que me fez rebentar o lábio quando caí foi o piercing.
-        Deve ter sido uma boa queda.
-        Pois, digamos que tive que pagar uma mesa nova.
-        Já chega desta conversa. – disse a Bé já farta do tema. – Tom vou dar banho ao Tomás e pô-lo a dormir. Queres vir Jenifer?
-        Bill importas-te?
-        Claro que não amor! Que pergunta vai lá!
** Ponto de vista da Bé **
-        Podes ver se a água já está boa para dar banho a esta peste!
-        Sim, já está ótima! Queres que lhe dê banho?
-        Já que te ofereces! Assim tento arrumar umas roupas que o Tom deixou espalhadas.
-        Deixa lá o Bill é igual, são bem gémeos.
A Jenifer teve tanto cuidado com o Tomás, parecia que estava a lavar uma boneca de porcelana, o Tomás gostou tanto que nem fez birra como de costume.
-        Então Jenifer, qual é a sensação?
-        Tenho tanto medo de o magoar, parece tão frágil e tão pequenino.
-        Eu também me senti assim nos primeiros dias, mas agora já estou habituada.
-        Queres que o vista?
-        Já te levo a roupinha mana!
Ela tem tanto jeito para pegar no Tomás, até parecia filho dela. A maneira como ela o limpava, tão cuidadosamente as gotas de água que ainda existam no corpo dele. Até merecia uma fotografia. É mesmo isso que vou fazer.
-        Sorri madrinha babada. Que fotografia linda! Ficas-te muito bem!
-        Deixa-me ver!
-        Bateram á porta. Venho já!
Eram os manos Kaulitz.
-        Entrem meninos. Bill vai ver foto linda que eu tirei á tua Jenifer com o Tomás.
-        Não tem nada de especial amor.
-        Não digas dispares amor. Está tão linda.
O Bill nem teve palavras, ficou boquiaberto quando viu a foto.
-        Bill estou muito cansada, vou descansar, ok?
-        Sim Jeni vai lá! Eu vou já lá ter.
-        Bem meninos até amanha!
-        Até amanha Jenifer! – dissemos em coro.
-        O teu Billizinho já te vai fazer companhia! – gracejou o Tom.
Ficamos algum tempo calados depois de a minha irmã ter saído do quarto.
-        Bill! É verdade o que se passou para vocês terem que ir á polícia? – perguntei-lhe eu depois de me lembrar.
-        Ah isso, nós fomos assaltados, mas não demos por ela de nada, só hoje de manha é que acordei com a Jenifer aos gritos e foi por isso que fui de boxers até á recepção.
-        Isso explica a maneira como tu estavas hoje de manha. – comentou o Tom.
-        Pois, eu nem dei por ela da maneira como estava vestido, ou melhor despido.
-        E o que levaram? – perguntei.
-        Bem, levaram dinheiro e algumas roupas “únicas” da Jenifer.
-        Ao menos não vos fizeram mal.
-        Foi como eu disse, nós não nos apercebemos. Só hoje de manha quando a Jenifer ia sair é que deu por falta da roupa e do dinheiro.
-        Mas levaram roupa? Não é estranho?
-        É Tom, mas a roupa que levaram eram dos últimos desfiles da Jenifer.
-        Agora já faz sentido.
-        Hoje foi um dia cheio para todos. Bem meninos gosto muito de conversar, mas estou cansado, é que a vida de mãe é complicada, principalmente quando se tem que tomar conta de duas crianças. Vou tomar banho, podem continuar com a conversa. Até amanha.
-        Bem eu também estou exausto. Parece que não , mas andar de boxers na rua também cansa.
Ri-me tanto com esta do Bill. Não estava nada á espera que o Bill se saísse com aquela.
-        Bem meninos até amanha!
-        Até amanha Bill, vê lá se não vais arranjar um primo para o Tomás.
-        Es sempre o mesmo Tom.
-        Já estou habituado a essas asneiras dele Bé.
-        Já somos dois, até amanha  Bill.
** Ponto de vista do Bill **
-        Jenifer ficas-te mesmo muito linda naquela foto com o Tomás.
-        Oh amor, não ficou nada de especial.
Á minha cabeça vieram imagens “imaginadas” de um suposto filho meu e da Jenifer.
-        Já imaginas-te como seria termos um bebé nosso?
-        Bill porque vens agora com essa conversa?
-        Ver-te com o Tomás relembrou-me o meu desejo de ser pai.
-        Não vamos ter essa conversa outra vez, pois não?
-        Jenifer, porque não? Imagina o nosso bebé lindo como a mãe e com um jeito especial para a música.
-        Sim era o bebé perfeito, mas a minha carreira não me permite.
-        Tu é que não permites! não é a tua carreira, és tu! Olha a minha, achas que também não seria uma mudança drástica? – respondei-lhe começando a enervar-me.
-        Não vejo como, não es tu que ficas com o corpo que é o instrumento de trabalho estragado.
-        Pois não, mas sou eu que terei que abdicar das gravações ou ensaios para tomar conta da criança enquanto tu te preparas para mais um grande desfile.
-        Estás a insinuar que o meu trabalho não vale tanto quanto o teu? – perguntou-me com as lágrimas a começarem a correr pelo rosto.
-        Eu não disse nada disso.
-        Mas foi o que eu entendi. Achas que não é esgotante passar a tarde inteira fechada numa sala, muitas vezes sem comer nada, só para os preparativos de uma noite?
-        E tu achas que não costa cantar horas seguidas até sair o tom certo ou a nota certa? Eu não estou a desvalorizar o teu trabalho apenas mencionei um sacrifício que teria que fazer se tivéssemos um filho e ficas a saber que o faria sem o menor dos problemas.
-        Estou farta desta discussão! – acabou por me dizer a Jenifer, lavada em lágrimas, com a voz trémula. Nunca a tinha visto naquele estado.
-        O que é que eu fui fazer? Porque perdi a cabeça desta maneira? – Eu não queria discutir com ela só que fiquei bastante irritado ao ponto de não me conseguir controlar e andar aos berros com a mulher que mais amo no mundo.
-        Eu vou lá fora. Por favor não venhas atrás de mim! – pediu-me a Jenifer saindo do quarto apenas de calções, t-shirt e sandálias.
-        Tenho que fumar.
Sentei-me num cadeirão existente na varanda, acendi o cigarro e olhei para o mar. Sentia-me péssimo, a Jenifer não merecia. Eu não sei o que me deu. O meu desejo de ser pai subiu-me de tal forma á cabeça que perdi completamente o controlo.
Só espero que a Jenifer não faça asneiras, respeitei-a em não a seguir, só espero não me arrepender.
** Ponto de vista da Jenifer **
Preciso de me acalmar. O Bill tinha logo de discutir comigo agora, logo hoje que me sinto insegura e sensível. Preciso de falar com alguém, tenho de desabafar o que sinto.
Fui até ao bar da recepção e pedi um copo de whisky com gelo.
-        O que se passa menina? – perguntou-me o barman depois de me servir.
-        Agradeço a sua preocupação, mas não tenho nada!
-        Menina Jenifer, se não quiser falar eu entendo perfeitamente, agora não diga que não tem nada porque a sua linda cara diz exatamente o contrário.
-        Pode-me servir outro por favor?
-        Com certeza menina!
Já passaram duas horas desde que discuti com o Bill. Acho que já bebi um pouco de mais. Vi o Bill a aproximar-se de mim. Levantei-me mas parecia que o chão tremia e quase que caí.
-        Bill disse-te para não me seguires. – disse enquanto colocava os braços em torno do pescoço dele de modo a manter-me de pé e minimamente direita.
-        Jenifer como tu estás... bebes-te de mais.
-        Eu apenas bebi um copo de whisky que aquele amável senhor me serviu Bill!
-        Já nem me reconheces Jenifer. Eu não sou o Bill.
-        Claro que és o Bill. Sabes eu até nem gosto de whisky nem gosto de bebidas alcoólicas, mas tu obrigaste-me a isto Bill.
-        Jenifer olha bem para mim, olha para o meu cabelo.
-        Bill porque é que fizeste rastas?
-        Jenifer sou eu, o Tom. Como tu estás meu deus! Tenho que te levar para cima.
-        Eu posso ir perfeitamente sozinha. – disse tentando afastar-me e digamos a “trocar os pés” tropecei na escadaria e estampei-me no chão.
-        Nota-se que consegues mesmo ir sozinha. Anda eu levo-te.
** Ponto de vista do Tom **
Que bebedeira que a Jenifer apanhou...
-        Jenifer tens o cartão do teu quarto?
-        Tenho... está aqui no bolso... ups! – ela começou a rir-se como uma tola quando reparou que o tinha deixado cair.
-        Deixa que eu apanho, antes que te espalhes outra vez.
-        Eu era perfeitamente capaz...
Fiz o sacrifício de não me rir, ela é tão engraçada quando está, bem, desta maneira. Quando cair na cama só vai acordar amanha ao meio dia.
Arrastei literalmente a Jenifer até ao quarto o que vale é que não é muito pesada.
Abri a porta do quarto. Encontrei o Bill na varanda a fumar com ar de quem tinha estado a chorar. Havia três maços vazios, esmagados, no chão do quarto.
-        Bill encontrei a Jenifer desta maneira no bar.
-        Bill afinal não fizeste rastas.
-        Ah! O que está ela a dizer?
-        É uma longa história, amanha conto-te. – respondi-lhe enquanto pousava a rapariga na cama.
-        Eu nem acredito, ela nem gosta lá muito de beber...
-        Ela até me confundiu contigo.
-        Adormeceu!
-        Agora mano só acorda amanha.
-        Eu sei!
-        Deves ter feito alguma das boas, mas não vou discutir agora contigo, vai mas é dormir, amanha falamos.
-        Nós apenas discutimos Tom.
-        Não deve ter sido uma mera discussão.
-        Já a Jenifer muitas vezes depois de discutir contigo e desta vez ela até se embebedou.
-        Tom é melhor falarmos amanha. Estou muito cansado e cheio de dores de cabeça.
-        Poderá também aos cigarros que fumas-te, mas não te censuro mais. Até amanha  mano.
Vi a cara de triste com que o Bill ficou, ao vê-lo daquela maneira lembrei-me de como me sentia quando a Bé estava no hospital.
** ponto de vista do Bill **
Apesar de tudo, é preferível que a Jenifer apenas se tenha embebedado. Esta não é a minha menina. Já era um pouco tarde e tenho que me deitar... doí-me tanto a cabeça, acho que vou vomitar, fui a correr para a casa de banho, o meu estômago estava descontrolado, senti-me tonto.
-        Tenho que me sentar. – disse para comigo na tentativa de me manter consciente.
Precisei de um quarto de hora para conseguir recompor-me e voltar para a cama. Antes de me deitar, cobri a Jenifer.
** Ponto de vista do Tom **
-        Bé nem imaginas o que aconteceu.
-        Tom fala baixo, o Tomás adormeceu á pouco, tem andado com cólicas.
-        Desculpa, não sabia.
-        Tudo bem! Felizmente sai ao pai, é como uma pedra a dormir.
-        Que gracinha que a menina tem.
-        Mas diz lá, o que é que aconteceu?
-        Bem eu quando fui lá baixo á recepção pedir para me darem a passe da net do hotel para comprar o bilhete para o Tomás, encontrei a Jenifer completamente bêbada no bar.
-        Estás a gozar?
-        Não! Tive que a levar para o quarto.
-        Estamos a falar da mesma Jenifer?
-        Bé ela até me confundiu com o Bill e perguntou-me porque é que eu tinha feito rastas.
A Bé riu-se, mas em volume baixo para não acordar o Tomás. Contei-lhe que o Bill tinha discutido com ela, mas não sabia o porquê.
Aproximei-me dela.
-        O que é que queres?
Beijei-a e abracei-a fazendo deslizar as  minhas mãos pelas costas dela, parando naquele rabo que me deixo louco, levantando-a e fazendo-a cruzar as pernas á volta da minha cintura.
-        Hum... afinal sabias o que eu queria...
-        Já te conheço muito bem Sr. Kaulitz.
-        Então se sabes o que quero, não te importas que eu tire isto.
Tirei a minha t-shirt exibindo os meus músculos e de seguida tirei-lhe o top que tinha vestido. Deitei-a em cima da cama curvando-me por cima dela de maneira a beijar-lhe a barriga, subindo em direção ao pescoço e á boca.
-        Can i...
-        Sure!
Tirei-lhe o resto da roupa que lhe faltava e fiz deslizar as minhas mãos por todo o corpo dela. Quis deixa-la bem desejosa antes de lhe deixar possuir o meu corpo.
Apaguei todas as fontes de luz reinando assim a escuridão dentro do quarto.
-        Assim não te vejo Tom.
-        É mesmo essa a ideia.
Despi a pouca roupa que ainda me faltava, deixando-a espalhada por todo o quarto.
O “ tommy” pedia-me que entrasse de imediato em ação, mas quis faze-la sofrer e esperar o que me fazia sofrer e esperar também.
Como estávamos às escuras ambos possuíamos a total liberdade de proporcionar-mos prazer da forma  que quiséssemos sem constrangimentos.
Decidi introduzir um dedo no interior da Bé e fazer movimentos circulares. De imediato senti que ela remexia-se . tive a certeza que lhe estava a proporcionar prazer. Já não aguentava mais e tive que trocar o meu dedo pelo “ tommy”.
Queria que a minha namorada sentisse que eu a amo e que não estávamos simplesmente a fazer sexo. Deixei que o “ tommy” decidisse o ritmo que queria levar a fazer as coisas, movimentos lentos, mas intensos.
A Bé apertou-me a mão, já sabia que vinha um orgasmo a caminho, beijei-a para que os seus gemidos não se propagassem pelo quarto e acorda-se o “ the Tomás ring”. Comecei a sentir o coração a acelerar , não me contive e sussurrei um breve gemido que saiu dos meus lábios sem que o pudesse evitar.
Deitei-me ao lado dela. Afastei-lhe o cabelo e acariciei-lhe o rosto.
-        Assim vais deixar-me mimada.
-        Não me importo, também mereces Bé.
-        Es tão querido. É tão bom ter-te ao meu lado. Eu amo-te!
-        Eu também meu amor.
Estendi o meu braço de modo a que ela se deita-se nele. Está proximidade relembra-me e reacende o amor que sinto por ela. Só de pensar que começamos por nos dar horrivelmente mal. É pena que já vamos embora amanha, este paraíso fez-nos tão bem, o meu filho escolheu um lugar lindo para nascer.
-        Boa noite meu amor. Descansa bem para amanha ter-mos uma boa viagem.
-        Sim Tom, eu sei! Boa noite amor.
Beijei-lhe a testa e fiz por adormecer.
** Ponto de vista da Bé **
Tive uma noite de sonho, foi a primeira vez que fizemos sexo desde que o Tomás nasceu. O Tom foi tão romântico, foi tão diferente das outras vezes, nem tenho palavras para descrever o que senti.
Está na hora de voltarmos para Portugal. Temos o voo marcado para as 16:30h e por sorte conseguimos marcar o lugar do Tomás no mesmo voo que nós.
Não queria acordar o tom, mas tinha que o fazer pois temos muitas coisas a tratar e o Tomás daqui a pouco também acorda para mamar.
-        Acorda meu dorminhoco. – sussurrei-lhe ao ouvido.
-        Bom dia Bé.
-        Vá Tom temos muito que fazer. Vamos aproveitar que o Tomás ainda está a dormir.
Mas mal acabei de falar, o Tomás começou a chorar.
-        Tom porque não vais tomar banho enquanto dou de mamar ao Tomás?
-        Estava á espera que viesses tomar banho comigo!
-        Oh Tom não posso. Se o Tomás não tivesse acordado era uma honra, mas agora não posso.
O Tom saiu da cama a correr com uma cara tão estranha. Até parece que tem ciúmes da atenção que eu dou ao Tomás. Eu não tenho culpa, ele tem que perceber que o filho é dos dois e temos que abdicar de muitas coisas. Amamentei o Tomás e voltei a adormece-lo. Comecei a preparar a minha mala depois de reunir todas as nossas coisas.
Quando estava a organizar as roupas do meu filho alguém bateu á porta.
-        Entre, a porta está aberta.
-        Bé eu não encontro o Bill em lado nenhum, por acaso não o viste?
-        Não Jenifer, eu hoje ainda não sei do quarto.
-        Estou a ficar preocupada.
-        Vais ver que não passa de um susto. E tu como estás?
-        Porque perguntas? Doí-me imenso a cabeça, mas nunca pensei que se notasse assim tanto.
-        Não Jenifer, por acaso até nem se nota nada, mas da maneira como estavas ontem deduzi que hoje não estivesse muito bem.
-        Mas o que é que aconteceu ontem? Eu não me lembro de nada, apenas de discutir com o Bill.
-        Pois ao que parece depois dessa discussão foste para o bar e apanhaste uma bonita.
-        Estás a gozar, certo?
-        Não Jenifer, infelizmente não estou a gozar. Foi o Tom que te encontrou e que te levou para o quarto e mal caíste na cama adormeces-te logo.
-        Eu nem acredito que vergonha.
-        Mas o melhor de tudo é que quando o tom te encontrou e foi ter contigo tu confundiste-o com o Bill e perguntaste-lhe porque é que ele tinha feito rastas.
-        Eu tenho que encontrar o Bill.
-        Ele vai aparecer não te preocupes. Já viste na recepção?
-        Sim já procurei em todo o lado menos...  eu já venho.
A Jenifer saiu do meu quarto a correr.
** Ponto de vista da Jenifer **
Eu nem acredito que fiz aquelas figurinhas tristes ontem. Fui ao jardim do hotel, não sei como é que me esqueci deste lugar.
-        Bill! – Corri para os braços dele e beijei-o como se não houvesse amanha. – Oh Bill pensei que te tinhas ido embora sem mim!
-        Achas mesmo que eu ia sem ti Jeni?
-        Tive tanto medo Bill, de te perder de novo. Desculpa a minha bebedeira de ontem, eu não sei onde tinha a cabeça. Bem sabes que até nem gosto de beber demasiado, só que...
O Bill calou com um beijo.
-        Calma amor, eu é que tenho que te pedir desculpa. Fui um bruto contigo ontem, não tinha o direito de falar daquela maneira contigo. Temos tempo para tomar aquela decisão.
-        Bill eu não sei, parece que tenho medo.
-        Eu estarei sempre contigo Jenifer. Eu nunca mais te deixei fugir dos meus braços, prometo.
Abracei-o. Senti-me tão bem naqueles braços que me aconchegaram e onde estava segura.
-        Vem comigo amor. – disse-me o Bill.
-        Bill temos que ir fazer as malas. Já não temos muito tempo.
Eu e o Bill fomos para a praia.
-        Que estamos aqui a fazer? – questionei.
-        Encontrei este lugar hoje de manhã.
Era um lugar muito bonito, estávamos sobre um areal extenso de areia fina com varias rochas “gigantes” que separavam o azul profundo manchado de verde por algumas algas. A praia estava deserta, o céu azul deixava-se refletir no mar, quase como um espelho.
O Bill levou-me até uma gruta onde o mar se confundia com um lago, no meio da gruta existia uma porção de areia onde o mar não chegava, uma espécie de ilha escondida pela parede escura que a rodeava.
-        Que estamos aqui a fazer Bill?
-        Não íamos embora sem um momento de romance só nosso.
Nisto o Bill pegou na minha mãe e beijou-a. Sentamo-nos na “ilha” e o Bill, que estava atrás de mim abraçou-me, deitei a minha cabeça no ombro dele e fechei os olhos.
O Bill começou a cantar excertos de músicas como a “ zoom into me” e a “ 1000 oceans”, o momento estava perfeito.
** Ponto de vista do Bill **
“ É agora!” pensava eu. Está o ambiente perfeito!
“ Não Bill é melhor esperar”.
Raios não consigo ganhar coragem.
“ Vai mesmo ser agora”.
-        Jenifer!
-        Sim Bill. Passa-se alguma coisa? – Questionou-me ela, pois “acordei-a” daquele sonho.
Coloquei-me á frente dela. Para não deixa-la assustada beijei-lhe a testa macia coberta pelas lindas repas. Senti que ela já estava a perceber, ou melhor dizendo, a antever o que ia acontecer.
-        Jenifer pensei nisto a noite toda... nem sabes o quão importante és para mim.
-        Bill o que vais fazer?
Continuei o que estava a dizer sem lhe responder.
-        Eu amo-te muito Jenifer e não tenciono deixar-te nunca mais. A minha felicidade depende dos momentos em que estou ao pé de ti. A minha vida já não faz sentido sem ti. És a minha única razão que justifique a minha existência.
Vi os olhos dela encherem-se de lágrimas que ela tentava conter a todo o custo. Acabou por deixar escorregar uma, então calei-me por alguns segundos, acariciei-lhe a sua linda face e prossegui.
“ Jenifer aceitas ser minha esposa para sempre?”
A frase não me saia da cabeça, mas no entanto a minha boca recusava-se a dize-la. Tentei uma última vez, mas os meus lábios apenas se mexeram quando tocaram nos dela.
-        Bill foi muito bonito o que me disseste.
“ E tu nem sabes o que eu queria dizer, mas faltou-me coragem”. “ És mesmo cobarde Bill Kaulitz” pensava eu.
Duas horas mais tarde corríamos todos para a última chamada para o avião, o Tom levava o Tomás ao colo e desculpava-se perante a segurança da companhia que o bebé tivera um ataque de cólicas daí o nosso atraso. Felizmente conseguimos embarcar e já estávamos rumo a casa.
** Ponto de vista do Tom **
Vamos aproveitar que já voltamos das Caraíbas e que o Tomás já nasceu, para fazer-mos um jantar em nossa casa.
-        Bé! Onde estás?
-        Estou no quarto do Tomás. – respondeu-me.
Subi as escadas e fui até ao quarto do nosso filho.
-        Liebe e se marcasse-mos para amanha á noite um jantar com o Gustav e com o Georg! Afinal eles ainda não conhecem o Tomás.
-        Tom diz-me a verdade! Tu queres é dizer e ver a cara do Georg quando souber que perdeu a aposta, não é?
-        É...
-        Pois eu bem me parecia que esse entusiasmo todo não era por causa deles conhecerem o Tomás. Já te conheço bem demais.
-        Pois tens razão... olha então eu vou ligar-lhes.
-        Liga também para o teu irmão e para a minha irmã!
-        Está bem liebe.
No dia seguinte.
-        Tom estão a tocar á campainha! Vai lá ver quem é que eu estou a acabar de dar banho ao Tomás. – pediu-me a Bé.
-        Está bem! – disse-lhe passando por ela e dando-lhe um beijo.
Fui abrir a porta, era o Bill e a Jenifer.
-        Hallo Tom! – cumprimentou-me a Jenifer e o Bill.
-        Hallo entrem. Estejam á vontade!
-        Tom onde está a minha irmã? – perguntou-me a Jenifer.
-        Está lá em cima! Estava a acabar de dar banho ao Tomás.
-        Eu vou lá ter com ela.
Enquanto a Jenifer foi ter com a Bé, eu e o Bill ficamos na sala, aquelas duas quando se juntam nunca mais se despacham.
Voltaram a tocar á campainha, desta vez era o Georg e o Gustav.
-        Hallo Georg! Hallo Gustav! Entrem!
-        Então Georg, estás pronto para saber se ganhas-te ou perdes-te a aposto? – perguntou o Bill.
Eu comecei a rir-me bastante, pois já sabia a resposta.
-        É claro que estou pronto! Eu vou ganhar! – respondeu-lhe o Georg. – Não sei porque te ris tanto Tom.
-        Por nada!
Já nesta altura até o Bill se ria, o Gustav e o Georg eram os únicos que não sabiam que era um rapaz.
-        Bé came here! Brings the baby! gritei da sala.
-        Já vamos.
A Bé desceu as escadas acompanhada pela Jenifer e pelo nosso filho.
-        Georg anda cá! – pediu a Bé.
-        Diz Bé! – respondeu-lhe o Georg.
-        Apresento-te o Tomás! Parece que perdes-te a aposta! – brincou a Bé.
-        Georgzinho sexta-feira é dia de ires ao bar e engatares uma rapariga! – gozei eu com ele.
-        Está bem! Vai gozar com outro!
-        Georg, meu amigo apostas são apostas e tu perdes-te! – brincou o Bill.
Durante todo o jantar fiz questão de lembrar o Georg que ele tinha perdido a aposta. Só espero que o Tomás esta noite nos dê folga, até porque tenho uns planos interessantes para por em prática, mas não vos digo o que é.
Nos últimos dias pouco temos dormido, o Tomás só quer mamar, e quando estamos quase a adormecer ele tem sempre o dom de nos acordar, para não falar quando ele interrompe coisas importantes e tanto eu como a Bé ficamos a ver navios.
** Ponto de vista do Georg **
Não acredito que hoje é sexta-feira e daqui a uma hora tenho que ir para aquele estúpido bar para cumprir a minha aposta.
Fui para o bar, quando entrei não conseguia acreditar no que estava a ver, cheguei mesmo a pensar que estava a alucinar, mas não, o que estava a ver era mesmo real. Desde que o Bill acabou com a Mary nunca mais se soube nada dela até hoje. A Mary estava a trabalhar como stripper naquele bar.
Eu tenho que filmar isto, senão eles nunca vão acreditar em mim, pensava para mim próprio.
No dia seguinte fui até casa do Tom, mas pedi para que a Jenifer e o Bill também fossem.
Entramos todos em casa do Tom.
-        Estejam á vontade! – disse o Tom.
-        Tenho uma coisa importante para vos mostrar
-        Georg não quero ver cenas obscenas! – gozou o Tom.
-        Tom cala-te isto é importante! Bé tu que conheces-te a Mary melhor que toda a gente aqui, qual era a profissão dela?
-        Ela sempre me disse que trabalhava num call-center, por isso, é que era raro ela estar em casa á noite, isto é, antes de irmos de férias para as maldivas, porque depois ela disse-me que foi despedida! Mas porquê tanto interesse  nela? – perguntei.
-        Por isto! – disse-lhes mostrando um dvd.
-        E o que tem o dvd a ver com isso? – questionou o Tom
-        Coloca-o no dvd  e já vês! – respondi-lhe.
Estavam todos parvos a olhar para a tv.
-        Eu não acredito... – começou a Bé.
-        Quer dizer que ela fez-se de santinha comigo, e afinal já tinha ido para a cama com montes  de homens! – disse o Bill.
-        Mas tu também não podes falar muito Bill.
-        Do que é que estás a falar Tom? – perguntou-lhe a Bé.
-        Tinhas que abrir essa boca. – sussurrou o Bill ao ouvido do Tom.
-        Agora vamos ter que contar. – continuou a Jenifer.
-        Tu também sabes Jenifer? – perguntou a Bé á Jenifer num tom de vós mais elevado. – O que se passou? Vá contem.
-        Bem já que fui eu que dei com a língua nos dentes é justo que seja eu a contar.
-        Ainda demoras muito?
-        Bem Bé, lembras-te naquela noite em que regressamos do cinema e havia roupa do Bill e da Mary no chão? – começou o Tom.
-        Como é que não havia de me lembrar daquela noite horrível.
-        Aquela roupa não era da Mary, era minha! – continuou a Jenifer.
-        Vocês já estavam juntos desde aí? – perguntou o Gustav.
-        Pois, nós já estamos juntos desde que a Jenifer nos convidou para a partida de ténis.
-        Eu não posso acreditar! E tu não me contas-te nada porquê?
-        Eu não te podia contar Bé, tu era amiga da Mary, eu não podia correr o risco de lhe contares.
-        Eu percebo. Tom diz-me uma coisa, tu levaste-me o pequeno-almoço á cama no dia seguinte só para a Jenifer poder sair sem eu a ver?
-        Amor já tinha a ideia de te levar o pequeno-almoço antes de adormecer. Mas sim, juntamos o útil ao agradável.
-        Já agora, como é que tu soubeste?
-        Eu liguei-lhe de manha cedo a pedir-lhe para que tu não saísses da cama. – disse o Bill.
-        Ok, toda a gente sabia menos eu?
-        Bé desculpa! – disse a Jenifer quase a chorar.
-        Tudo bem, eu entendo! – desculpou a Bé á Jenifer.
-        Ainda bem que nos afastamos dela! – disse o Tom. – Pessoal vamos esquecer este assunto! Georg queres almoçar cá?
-        Sim, pode ser!
-        Tommy vou ligar ao Gustav a ver se ele também quer vir. – disse a Bé. – Toma conta do Tomás!
-        Esta bem vai lá! Não te preocupes com o tomas o padrinho babado está a brincar com ele.
O Gustav aceitou o convite da Bé e vamos almoçar todos juntos.
(...)
** Ponto de vista da Bé **
Hoje faz um ano que a Jenifer começou a namorar com o Bill. Eu e o Tom estamos a organizar um jantar surpresa para eles.
-        Liebe! – Chamou-me o Tom. – Anda aqui á sala, please!
Desci as escadas e fui até á sala ter com ele.
-        Diz Tommy
-        O Tomás está a dormir? – questionou-me ele com um sorriso de orelha a orelha.
-        Sim está! E tão cedo não acorda.
-        Ainda bem! Anda comigo! – disse-me ele, levantando-se do sofá e dando-me a mão conduzindo-nos em direção ao nosso quarto.
Entramos no quarto e ele fechou a porta!
-        Tom então e o jantar do teu irmão e da minha irmã?
-        Já está tudo adiantado! Vamos aproveitar que o Tomás está a dormir! – dizia-me enquanto me beijava o pescoço e me dava mordidelas na orelha.
Os beijos eram cada vez mais intensos, ele sorriu-me e desceu as suas mãos até às minhas coxas impulsionando-as para cima, fazendo com que eu envolve-se as minhas pernas na sua cintura. Nessa posição levou-me até á cama onde me deitou.
Sem perder mais tempo puxei-lhe as múltiplas camisolas, tirando-as. Puxei-o fazendo com que este ficasse deitado em cima de mim e fiz com que “invertesse-mos” as posições, ficando eu por cima, coloquei uma perna de cada lado do corpo dele. Olhei-o durante uns segundos enquanto deixava que as minhas mãos explorassem os abdominais bem definidos dele. Sorri-lhe e debrucei-me sobre ele voltando a beijá-lo, desci mais um pouco até ao pescoço dele e depois o peito, para provocá-lo mordi-lhe o mamilo. Depois empurrei-o fazendo com que se deitasse novamente, beijei-lhe novamente o peito enquanto deslizada os dedos pela sua pele macia seguindo as “linhas” dos seus abdominais, até ao cinto das calças, desapertando-o.
Sem perder mais tempo, ele fez com que fica-se por cima de mim desapertando-me os calções e tirando-os e d seguida a roupa que ainda restava no nosso corpo.
-        Tom... por favor... – pedi-lhe.
Ele riu-se perante o meu “ desespero”, e não tardou em dar-me aquilo que eu desejava e ele também. Ele  encaixou-se no meio das minhas pernas penetrando-me. Eu envolvi a cintura dele com as minhas pernas e “cravei-lhe” as unhas nas costas, deixando lá algumas marcas.
A gentileza inicial transformaram-se em rebeldia, tornando os movimentos mais rápidos. Puxei-o mais para mim e beijei-o, fazendo-o rebolar e deixando-me ir junto com o corpo dele, acabando por ficar por cima. Pouco depois, chegou o tão esperado orgasmo em sintonia. Os nossos corpos, como por magia, pareciam que estavam a entrar em “erupção”. Deixei que o meu corpo caísse sobre o corpo daquele “deus alemão”. Rebolando depois para o lado, ficando deitada junto dele a tentar controlar a respiração.
-        Tom tu deixas-me cansada! – disse-lhe por entre gargalhadas.
-        O objetivo era mesmo esse!
-        Mas lembra-te que tens que agradecer ao Tomás por não ter acordado mais cedo!
-        Até lhe dou uma prenda, se ele fizer isso mais vezes!
-        Es mesmo tarado!
-        Mas tu gostas!
-        Quem te disse isso enganou-te e bem!
-        Pois, pois se eu não te conhece-se até acreditava nisso! – respondeu-me ele a gabar-se. – É verdade o Bill e a Jenifer estão em casa?
-        Não! O Bill foi com ela ao médico!
-        Mas o que é que ela tinha?
-        Parece que nos últimos dias tinha andado um bocado enjoada e com tonturas.
-        Hum... eu já vi esse filme á alguns meses atrás!
-        Achas mesmo?
-        Não sei, provavelmente! Vamos almoçar? Estou com fome.
-        Sim liebe vamos!
Fomos almoçar. A Jenifer ligou-nos, mas disse-nos que aquilo tinha sido alguma coisa que ela comeu e não lhe tinha caído muito bem, mas aquilo “cheirou-me” a desculpa, bem ainda não é desta que ficamos a saber o que a Jenifer realmente tem.

** CONCLUSÃO **

Quem diria que eu (Bé) me iria apaixonar por um mulherengo. Sempre detestei rapazes mulherengos, mas desta vez parece que a vida me pregou uma partida. Agora estamos super felizes na nossa casa, com o nosso filho. Eu para além de me ter apaixonado e ter tido um filho, ainda descobri que tenho uma irmã gémea, que não fazíamos ideia da existência uma da outra.
Quanto ao Bill, acho que o facto de a Mary ter aparecido na vida dele só serviu para ele perceber que nunca tinha deixado de gostar da Jenifer e que os ciúmes não levam a lado nenhum.
Agora estamos todos mais felizes que nunca, a banda do Tom, do Bill, do Georg e do Gustav ( os Tokio Hotel) estão a ter um enorme sucesso.
THE PERFECT LIFE!

* * * * *  FIM  * * * * *