** Ponto vista da Jenifer **
Finalmente
chegaram as minha férias.
Já estava mesmo a
precisar.
Desde o meu
primeiro desfile que a passarela passou a ser mais o meu local de trabalho do
que o estúdio onde eu conheci o Bill.
É claro que
continuo a ser modelo fotográfica, mas a cada vez mais conquisto a passarela.
Já á algum tempo que estou a pensar em ir de férias para uma ilha paradisíaca
que tenha praias onde eu possa relaxar e bronzear-me ao mesmo tempo.
Era
engraçado voltar ás maldivas, mas por
outro lado foi onde passei os piores momentos da minha vida.
As caraíbas ou
Ibiza também são destinos tentadores.
É sábado de manha
e o meu primeiro dia de férias.
Estou na caminha
a desfrutar do sol nascente que entra no meu quarto através da janela
entreaberta. O Bill ainda está a dormir. Fui tomar banho.
Adoro sentir a
água a correr pelo meu corpo. Bateram á porta da casa de banho.
-
Entra Bill! – gritei eu enquanto massajava o
cabelo com o champô.
-
Levantas-te cedo mesmo
estando de férias Jenifer.
-
Não conseguia dormir mais,
deve ser do habito.
-
É normal. Queres que te
ajude a tomar banho?
-
Não Bill, porque se
viesses eu não iria acabar de tomar banho.
-
Era essa a ideia.
-
Amor ainda fizemos sexo
esta noite. Já queres outra vez?
-
Estou sempre pronto para
isso!
-
És mesmo parvo. – disse-lhe ao mesmo tempo que lhe
atirei um pouco de água e correndo depressa a porta de vidro martelado do chuveiro.
-
Uma pessoa já não pode
urinar em paz, sem que chova dentro da casa de banho. – gracejou ele.
-
É para ver se te refresco
as ideias.
-
O que tu merecias agora é
que eu fosse aí e te molha-se só com água fria.
-
Pois, o que tu querias era
vir aqui e ver-me nua.
-
Não! – disse o Bill rindo-se.
-
Pois, como se eu não
conhecesse o senhor Bill Kaulitz como conheço a palma da minha mão.
-
Pronto, ok! Vou ficar aqui
sentado á espera que saias para eu poder tomar banho.
-
- Bill não me digas que não
podes tomar banho em outra casa de banho... temos três... não te chegam?
-
Mas eu não quero perder o
momento em que sais do chuveiro a
enrolar a toalha á volta do corpo.
-
Eu logo vi que tinhas segundas intenções.
-
Adoro ver o teu corpo molhado.
-
Já agora queres que
desfile?
-
Era óptimo. Mas se
preferires podes dançar e tirar a toalha com movimentos sexy’s.
-
Parvo...
O duche estava a
saber-me tão bem que nem me apetecia sair de lá.
Sai do chuveiro
passados dez minutos, o Bill estava quase a adormecer sentado na sanita.
-
Então Bill, não dormiste
de noite?
-
Não. Tive coisas mais
interessantes para fazer.
-
Estive a pensar amor, e se
aproveitássemos o dia lindo e solarengo
para dar um passeio com o buda?
-
Sim pode ser. Tomamos o
pequeno almoço e vamos.
-
Assim aproveito e compro
alguma coisa para o almoço.
-
Ok. Então despacha-te
minha tagarela.
-
Tu é que tens que te
despachar a tomar banho o “lady”!
Eu própria ri-me
bastante com o que lhe chamei: “lady”.
Vesti um fato de
treino para poder fazer o passeio mais confortável, prendi o meu cabelo ainda
um pouco húmido.
-
Ficas tão sexy de fato de
treino.
-
Hoje tens a tua vertente
erótica ao rubro.
-
Já não posso elogiar?
-
Claro que podes Bill,
estava a brincar.
O Bill estava com
aquele cabelo loiro molhado e tinha a toalha em torno da cintura.
Aquela metade da
estrela estava a chamar por mim.
Então Jenifer
controla-te.
Ele de modo a
provocar-me, deixou cair a toalha e passeou-se pelo quarto enquanto escolhia a
roupa que iria vestir.
-
Para que saibas, isso não
vai resultar!
-
Estás a falar de quê?
-
Não te falas de
desentendido ó senhor Kaulitz.
-
Adoro a maneira como
pronuncias o meu nome.
-
Eu não tenho culpa de ser
portuguesa em vez de alemã.
-
Jenifer eu não te estou a
criticar!
-
Eu sei!
-
Mesmo? Não me quero
chatear contigo!
-
Sim, não te preocupes.
Saímos de casa
eram dez da manhã.
O meu menino
estava nas glórias, cheirava tudo o que
era canto e deixava a sua “ marca natural” em cada poste de electricidade ou
boca de incêndio.
Estávamos no
parque da cidade a tirar algumas fotos com fãs do Bill quando o buda me fugiu.
-
Depressa!! Alguém que o
segure por favor!
Uma fã do Bill
conseguiu apanha-lo.
-
Muito obrigado!
-
Não tem de quê menina Jenifer
ferreira.
Fiquei sem
palavras. Ela reconheceu-me.
-
Também agradeço! – disse o Bill quando se apercebeu
do meu estado de choque. - O que se passa Jenifer? – perguntou-me quando
estávamos a ir em embora.
-
Não sei Bill. Fiquei
assustada por ser reconhecida. Foi uma sensação estranha quando a miúda disse o
meu nome.
-
Oh Jenifer, mas é bom
ser-se reconhecido pelo nosso trabalho não achas?
-
Sim. Nunca me tinha
acontecido antes .
-
É bom que te vás
habituando.
-
Bill o teu telemóvel está
a tocar.
O Bill atendeu.
Era o Tom.
-
Sim mano, como estás?
-
“ Bem Bill. Estás em casa?
”
-
Não Tom! Mas já estamos a
chegar.
-
“ Já almoçaram? ”
-
Não porquê?
-
“ Querem vir almoçar cá a
casa? ”
-
Sim pode ser. Daqui a meia
hora estamos aí. Até já!
-
“ Até já mano! ”
-
Vamos almoçar a casa do
Tom!
-
Então vamos a casa levar o
nosso menino, mudo de roupa e vamos.
-
Não precisas de mudar de
roupa liebe, estás bem assim.
-
Ok mrs. Se o dizes.
Fomos pontuais.
Em meia hora
chegamos a casa da Bé. O almoço estava divinal.
Ajudei a Bé a
levantar a mesa e a arrumar a cozinha enquanto os gémeos cavaqueavam.
O Tom só dizia
asneiras como sempre. A justificação que ele arranjou para o facto do buda ter
fugido no parque foi de que ele tinha visto uma cadela e imaginou-a em langeri
e “pumba” quis conhece-la. Segundo o Tom, nós é que fomos maus e não deixamos
que o buda concretiza-se o sonho de ser pai.
-
Estive a pensar Bill, e se
fossemos passar umas férias a uma ilha ou algum outro lugar que tenha praia e
muito sol.
-
Era óptima ideia! E se
fosse maldivas?
-
Não Bill, traz-me más
recordações!
-
Umh, pois tens razão. E se
fosse caraíbas?
-
Sim é um lugar magnifico.
-
O Tom e a Bé é que podiam
ir também, visto que a Bé também está de férias.
-
É normal que esteja de
férias, somos da mesma equipa e se eu estou de férias ela também, mas não sei
se ela vai querer.
-
Porque dizes isso?
-
A Bé está quase no final
do tempo.
-
Ela ainda tem um mês.
-
Sim, mas depois do
acidente ela ficou com uma gravidez de risco.
-
Não custa nada tentar Jeny.
-
Fomos ter com os papás á cozinha.
A Bé estava a
arrumar umas coisas e o Tom estava
sentado em cima do balcão central a conversar com ela.
-
Olha quem chegou... – disse o Tom.
-
Pensei que vocês os dois
tinham adormecido na sala.
– disse a Bé.
-
Não, estávamos apenas a
conversar. – comentou o Bill.
-
Pois eu já ouvi chamar-lhe
muitas coisas, agora “conversar” é a primeira vez! – gracejou o Tom.
-
Deves pensar que temos
todos os teus vícios maninho!