-
Ir a Portugal buscá-la?
-
Não Tom! Estás
doido?
-
Então?
-
Tens que ir ás
compras. – disse-me o Bill.
-
Mas... eu não sei o
que comprar.
-
Pronto deixa isso
comigo. – ofereceu-se a Jenifer.
-
Não te importas
cunhadinha?
-
Não, claro que não.
Vamos todos e aproveitamos para conhecer a ilha.
-
Sim é uma ótima
ideia. – comentei.
-
Se calhar é melhor
irmos, mas é dormir.
-
Sim tens razão Bill.
Eu estou cheio de sono.
-
Eu também. – concordou a Jenifer.
-
Então até amanhã
Tom.
-
Xau, até amanhã. – respondi-lhes. – Ah! Jenifer! Obrigado!
-
Não tens de quê. – disse-me a Jenifer,
já a sair e a fechar a porta.
** Ponto de vista
do Bill **
** Deitados na cama
**
-
Foi uma bela
maneira de começar as férias.
-
Pois foi, a minha
irmã começou bem.
Abracei-me á Jenifer.
-
Temos que estriar a
cama do hotel. – gracejei.
-
Desculpa Bill! Hoje
não. Estou muito cansada.
-
Eu sei, eu também
estou igual.
-
Mas não me importo
de receber miminhos...
-
És mesmo mimalha.
Mas eu amo-te como és. – fiz-lhe a vontade, beijei-lhe a testa e
acariciei-lhe o rosto. – Sabes no que
estou a pensar Jeny?
-
Não amor, diz.
-
Temos que dar
qualquer coisa ao nosso afilhado.
-
Eu já pensei nisso Bill.
-
E no que é que
pensas-te? – perguntei-lhe ao mesmo tempo que brincava com o cabelo loiro dela.
-
Amanhã, quando
formos ás compras, distrais o Tom e eu vou comprar uma cestinha para o nosso
afilhado.
Ela ia-se enganar e em vez de dizer “afilhado” ia dizer “filho”.
-
Nunca pensei que
também tivesses esse desejo.
-
Estás a falar de
quê Bill? Da cestinha?
-
Não amor. Do que
ias dizer.
-
Não sei do que
estás a falar.
-
Ias dizer “filho”
em vez de “afilhado”.
-
Não ia nada. – respondeu-me ela
corada.
-
Ias sim amor.
-
Pois está bem, ia
mas foi só engano.
-
Não amor. Foi o teu
inconsciente a falar mais alto.
-
Bill bem sabes que não
posso.
-
Não, não sei. Que
eu saiba não és infértil.
-
Pois não Bill
Kaulitz, mas sou modelo e não posso perder a minha carreira. – respondeu-me já
a enervar-se.
-
Jeny, amor, tem
calma.
-
Eu estou calma Bill.
-
Tu não irias perder
a tua carreira. E eu adorava.
-
Bill o meu corpo é
o meu instrumento de trabalho. Eu não o posso estragar.
-
Jeny o dinheiro não
é problema para ti, ou para nós.
-
Eu sei, e então?
-
Podes sempre fazer
uma operação depois do bebé nascer.
-
Bill! Não quero
falar mais nisto.
Ela ficou triste e irritada com a conversa. Deitei-me em cima dela, o
“mini-Bill” deu logo sinais de vida. Mas não era isso que eu queria, eu apenas
queria reconfortá-la daquela conversa que a deixou chateada.
-
Até amanhã Jenifer.
-
Até amanha Bill.
** Ponto de vista
do Tom **
-
Tokio hotel!
-
Tokio hotel!
-
Tokio hotel!
-
Georg despacha-te
temos dois minutos para entrar em palco. – avisou o Bill.
O Georg como sempre estava metido na casa de banho. Estamos todos
nervosos!
O Gustav já entrou no “elevador” com a bateria.
-
Finalmente Georg.
Somos nós a entrar agora. – disse-lhe
enquanto nos dirigíamos para o palco.
-
Até já maninho. - disse-me o Bill.
Havia uma multidão á nossa frente. As fãs pareciam loucas a gritar. É
claro que a maior parte delas gritava por mim...
Já vamos na 8º música, estou a dar um “show” com a minha guitarra nova.
O Bill já mudou de roupa duas vezes.
-
Papá!
-
Papá!
-
Papá!
Eu nem queria acreditar no que estava a ver. Cerca de cem miúdos iguais
ao meu filho apareceram no palco e gritavam por mim.
As fãs soltavam risos, gargalhadas....
-
Ahhhhhhh!
Levantei-me de repente! Felizmente era só um sonho.
** Ponto de vista
da Jenifer **
Hoje vamos ás compras tal como tínhamos combinado e á tarde vamos visitar
a minha irmão e o meu afilhado lindo.
Tal como eu, o Bill estava babadinho. O bebé é realmente muito lindo,
ainda não sabemos é o nome que o Tom e a Bé lhe vão dar. Como não sabíamos o
sexo do bebé até á altura do nascimento nunca pensamos num nome, pelo menos eu não
tinha pensado.
-
Jenifer! Ainda
demoras? – perguntou-me o Bill.
-
Não, já vou. Bill, não
sei que roupa devo vestir.
-
Por mim podes ficar
nua, é trabalho que me poupas.
-
Pois o que tu
queres sei eu.
-
Ontem
recusaste-me...
-
Oh amor desculpa,
mas eu ontem estava realmente cansada.
-
Eu sei liebe, eu só
estava a “petar” contigo.
-
Levo este vestido?
Mostrei-lhe um vestido “cai-cai” que passava pouco mais do meio das
coxas.
-
Acho que é muito
comprido Jeny.
-
Ótimo, vai ser
mesmo este que eu vou usar.
Bateram á porta.
-
Vou ver quem é.
Era o tom.
Ele tinha umas olheiras profundas.
-
Não dormiste nada
Tom.
-
Pois não. Tive um
sonho horrível.
O Tom contou-nos o sonho dele, estávamos a caminho do hospital e ainda
nos estávamos a rir.
Só o Tom para ter aqueles sonhos.
A Bé adorou a cestinha que lhe demos, felizmente a minha irmã esta a
recuperar rapidamente.
-
Mal posso esperar
por sair daqui.
A enfermeira pediu para que saíssemos uma vez que estava na hora de
amamentar o Tomás.
Sim!
O meu afilhado chama-se Tomás.
Antes de ir embora tive a oportunidade de o ter no meu colo. É um ser tão
frágil e pequenino que até tinha medo de lhe tocar.
Notava-se bastante que o Tom tem sentido a falta da minha irmã. Hoje ao
jantar não disse uma única piada e a única coisa que dizia era “sim”, “pois”,
tens razão”...
O bebé é muito parecido com o Tom, só faltava nascer com rastas e de
cigarro na boca.
-
Bill vou para o
quarto.
-
Sim Jeny, eu já vou
lá ter contigo.
Dei um beijo ao Bill, despedi-me do Tom e fui para o quarto.
** Ponto de vista
do Bill **
-
O que tens Tom?
Estás muito em baixo. Não estás feliz pelo Tomás?
-
Sim Bill, claro que
estou muito feliz, mas sinto muito a falta da Bé. Sinto-me sozinho,
principalmente quando não estou com vocês. Chego ao quarto e não tenho lá
ninguém.
-
Mano se quiseres
posso ir dormir contigo. – ele sorriu.
-
Prefiro uma
companhia feminina.
-
Se quiseres também
posso vestir uma langeri.
-
Só se for de fio
dental.
-
Não Tom, eu prefiro
cuecas de avozinha.
-
Tudo bem Bill, como
queiras...
Finalmente consegui por o meu irmão a rir como um tolo.
-
Vamos para cima Tom? – perguntei-lhe já
a dirigir-me para as escadas.
-
Só se me levares ao
colo.
-
Ok, princesa!
Peguei no Tom ao colo. Dois segundos depois estávamos caídos no chão,
pois ele “esperniou-se” de mais e caímos.
Rimo-nos bastante.
Quando cheguei ao quarto a Jenifer estava a dormir, inicialmente não a
queria acordar, mas aquela roupa interior estava a pedir que eu a tirasse e o
meu “mini-Bill” também, mas contive-me.
Ela tinha umas cuecas de fio dental cor-de-rosa e um sutiã da mesma cor,
mas com uma espécie de rendilhado dourado.
Bill controla-te pensei para mim próprio.
Eu despi a minha roupa, ficando só de boxers, uma das coisas que me
diferencia do meu irmão gémeo é o gosto pela roupa interior, ou seja, eu só uso
boxers justos e o To só usa boxers largos.
Tenho a certeza que se a Jenifer me visse assim não me iria resistir.
Por isso fiz barulho de modo a acordá-la, mas disfarcei fingindo não o querer
fazer.
-
Ah és tu Bill,
assustaste-me!
-
Desculpa Jenifer. Não
te queria acordar!
-
Não faz mal, pelo
menos acordaste-me de um pesadelo e recompensaste-me com esta visão
maravilhosa.
Não preciso de dizer mais nada, já deu para perceber que o resto da
noite foi escaldante, finalmente estriamos a cama do hotel.
** Ponto de vista
da Bé **
O Tomás já tem uma semana.
Desde ontem que estou no hotel. O Tom não larga o miúdo, ao ponto de eu
ter que lhe pedir para deixar o miúdo dormir em paz.
Toda a gente diz que o Tomás tem o nariz e a boca do Tom, mas as
orelhitas da mãe. Dentro de pouco tempo saberemos se vai ter os olhos castanhos
cor de avelã como o pai ou azuis como os da mãe.
O que importa é que é um bebé saudável. O Tom e a Jenifer acham que
devemos ir para Portugal por causa do nosso filho.
Eu acho que não é necessário, mas o Tom é casmurro. O medico também diz
que não há problema nenhum e que até só nos faz bem passar estes primeiros dias
como pais num sitio tão calmo como este.
A minha barriga já desapareceu quase como por magia, mas ainda tenho que
ter muito cuidado.
Desde que entrei no hospital até ontem á tarde a Jenifer, o Bill e o Tom
não puseram os pés na praia. Então decidimos que hoje iriamos á praia.
Pelo que a minha irmã me disse o Tom estava muito em baixo enquanto eu
estive no hospital.
Na noite que passou a Jenifer
ofereceu-se para ficar com o Tomás para eu e o Tom poder-mos namorar um
bocadinho.
Ao que parece o Tomás dormiu muito bem no meio dos padrinhos e segundo
eles só chorou duas vezes.
Hoje de manha fui ás comprar com a Jenifer pois eu não tinha nenhum biquíni
ou fato de banho que me servisse, pois a única coisa que tinha comigo era roupa
pré-mamã.
-
O Tomás está
portar-se muito bem. – disse a Jenifer enquanto eu saia do provador.
-
Ele parece ser um
bebé muito sossegado.
-
Pois nesse aspecto
não sai ao pai.